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18 de Elul, nascimento do Baal Shem Tov e do Baal ha Tanya
18 de Elul
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Aniversário de Rabi Israel Baal Shem Tov (1698-1760) fundador do Chassidismo, reconhecido pelo seu amor a cada judeu.
Aniversário de Rabi Schneur Zalman de Liadi (1745-1812), conhecido como o “Alter Rebe”, fundador de Chabad-Lubavitch, ramo intelectual do Chassidismo, e autor do Tania e do Shulchan Aruch HaRav.
Rabi Yisrael Baal Shem Tov
nasceu no dia dezoito do mês de Elul de 5458, (1698), cerca de três mil anos após a Torá ter sido dada, cerca de dois mil anos após o início do período tanaítico, (Tanaim) e cerca de mil anos após o Geonic (Gueonim). O Baal Shem Tov fundou o Chassidismo, revelando o significado interno da Torá e a espiritualidade elevada de cada alma judia. Seus discípulos estavam entre os grandes e nobres estudiosos da Torá de sua geração, assim como seus discípulos e os discípulos de seus discípulos até hoje. Ao longo dos anos, dezenas de escolas chassídicas promoveram devoção altruísta, estudo diligente da Torá e cumprimento meticuloso de mitsvot entre os judeus que permanecem impenetráveis aos costumes contemporâneos. O Baal Shem Tov deixou este mundo em 5520 (1760), e foi sucedido pelo Rabino Dov Ber, o Maggid de Mezritch. Os muitos discípulos do Maggid fundaram dinastias de admorim, até hoje.
12 dias até o Ano Novo, um dia por mês:
A partir do dia 18 de Elul, Chai Elul, faltam doze dias para Rosh Hashaná. O Rebeim nos diz que cada um desses 12 dias corresponde a um dos doze meses do ano pelo qual devemos fazer a teshuvá!
Assim, em Chai Elul, olhamos para trás em Chodesh Tishrei, em Yud-Tes Elul olhamos para trás em Chodesh Cheshvan, e assim por diante.
Como fazemos teshuvá naquele mês?
Nós pensamos no que aconteceu durante aquele mês do ano. Dessa forma podemos pensar em tudo o que aconteceu durante aquele mês e TOMAR BOAS DECISÕES que este mês do ano que vem será melhor. Devemos pensar NAS DECISÕES que fizemos naquele mês e ver se estamos dando conta do que decidimos fazer.
Então, escolha um momento para os próximos 12 dias, talvez antes de IR DORMIR, NO MOMENTO DA LEITURA DO SHEMA, , para pensar naquele mês e ter certeza de que o próximo ano será ainda melhor!
Rabi Shneur Zalman de Liadi
O Baal Shem Tov e o Rabi Shneur Zalman
Foi na quarta feira 18 de Elul 5505 (1745). Quando o Baal Shem Tov entrou na casa de Estudo, ele estava com o rosto particularmente alegre. Ele próprio conduziu a oração neste dia, com o ar das festas. Os Chassidim ficaram surpresos. Seu espanto aumentou quando viram que o Baal Shem Tov não dizia a oração do “Tachanun”. Quando um pouco mais tarde ele anunciou a sua intenção de fazer uma “refeição de Mitsvá”, eles entenderam que este dia devia ser excepcional. Mas qual era a razão desta alegria? Ninguém ousou fazer a pergunta. Depois, o Baal Shem Tov, ele próprio, forneceu a explicação.
“Foi na quarta feira, quarto dia da semana, que D’us iluminou o mundo com o sol, a lua e as estrelas. A Haftará desta semana começa pelo versículo “levanta, Minha luz”. Hoje, D’us ofereceu ao mundo uma “alma nova”, que iluminará a penumbra com sua Torá e seu serviço de D’us.”
Foi assim que o Baal Shem Tov anunciou a boa nova. Uma criança tinha nascido, que seria depois celebre por sua ampla erudição, por sua Chassidut e por seu amor ao povo judeu. O ano precedente, em Elul, um jovem casal de Liozna, Rabi Baruch e sua esposa Rivca, faziam parte da “confraria dos Tsadiquim ocultos”, que eram Chassidim do Baal Shem Tov e tomavam a aparência de homens do povo para executarem as missões que lhes eram confiadas pelo seu mestre com o fim de trazer uma ajuda material e espiritual aos seus irmãos.
Rabi Baruch era um grande Tsadic e um erudito. Sua esposa era direita, virtuosa e também versada no estudo. Ambos tinham ido ver o Baal Shem Tov para pedir-lhe uma bênção para ter um filho. Sua bênção tinha se realizado no dia 18 de Elul seguinte, dia do aniversário do Baal Shem Tov, que tinha nascido na mesma data, quarenta e sete anos antes. A criança foi chamada Shneur Zalman.
O Baal Shem Tov indicou aos pais de que modo precisava educar a criança e quando Rabi Baruch veio vê-lo, na ocasião de Rosh Hashaná, ele o interrogou a esse respeito. A cada ano isso se repetia e o feliz pai informou ao Baal Shem Tov quando Shneur Zalman fez um ano, que ele falava como um adulto e quando fez dois, que tinha uma memória fora do comum e uma inteligência excepcional.
Quando a criança fez três anos, foi levada ao Baal Shem Tov para que ele lhe corte os cabelos pela primeira vez. Após a oração ele foi levado ao quarto do Tsadic que lhe cortou os cabelos e lhe deixou “Peot”. Depois, ele colocou as mãos sobre a cabeça da criança e o abençoou. Logo a mãe e o garotinho voltaram para casa. No trajeto, a criança perguntou:
“Quem é este homem que me cortou os cabelos, me deixou Peot e me abençoou colocando as mãos sobre minha cabeça?”
A mãe respondeu:
“É teu avó.”
Efetivamente, ao longo da sua vida, Rabi Shneur Zalman disse “meu avó” para designar o Baal Shem Tov.
Quando Shneur Zalman fez cinco anos, seu conhecimento da Torá era imenso. Ele era capaz de explicar claramente a passagem mais complicada do Talmud. Ele prosseguiu seus estudos durante dez anos. Suas capacidades fora do comum faziam com que assimilasse tudo de modo claro e que não o esquecesse mais. Ele contou mais tarde que ele sofreu ao ver a que ponto o estudo lhe era fácil e não lhe exigia uma concentração particular. A impossibilidade de adquirir a Torá ao preço do esforço lhe fazia falta. Desde a mais tenra idade, sentia um amor infinito por cada judeu, seja ele erudito ou ignorante. Quando fez Bar Mitsva, o jovem Shneur Zalman recebeu o título de “Gaon”.
Ele casou com quinze anos e instalou-se na região de Vitebsk. Com o dinheiro que recebeu no casamento, comprou terras e instalou famílias judias para que se consagrassem aos trabalhos agrícolas. Ao longo da sua vida, se preocupou com o sustento material dos judeus. Ele delegou também professores para ensinar a Torá aos seus filhos. Com quinze anos, Rabi Shneur Zalman escolheu alguns rapazes e lhes ensinou ele próprio a Torá e a Cabalá durante três anos.
Parece que o Baal Shem Tov se escondeu do Rabi Shneur Zalman. De fato ele explicou ao seu discípulo, o Maguid de Mezeritch, que ele desejava que este viesse por sua própria iniciativa, sem influência exterior. Com a idade de vinte anos, Rabi Shneur Zalman decidiu, com o acordo da sua esposa, a Rabanit, deixar a casa para estudar a Torá no exílio durante alguns anos. Ele se dirigiu então a Mezeritch e se tornou o Chassid do Maguid, Rabi Ber. Dois anos mais tarde, ele foi nomeado Maguid de Liozna. Com vinte e cinco anos, ele começou a redigir seu Shulchan Aruch, a pedido do Maguid de Mezeritch. Sua obra que foi chamada “Shulchan Aruch do Rav”, o tornou conhecido em todo o povo judeu como um erudito de conhecimentos muito amplos.
Quando Rabi Ber, o Maguid de Mezeritch, deixou este mundo em 5533 (1773), Rabi Shneur Zalman ficou na cabeça dos Chassidim Chabad. Um período novo e particularmente rico da sua vida começou então. Rabi Shneur Zalman escreveu numerosos livros, dos quais o mais famoso é o Tania, a obra fundamental da Chassidut Chabad. Este livro foi impresso pela primeira vez quando o Rabi Shneur Zalman tinha cinquenta e dois anos e possuía já numerosos Chassidim. Desde então, muitas centenas de edições do Tania apareceram, praticamente em todos os países do mundo.
Rabi Shneur Zalman deixou este mundo na saída do Shabat, véspera de 24 de Tevet 5573 (1813). Possa seu mérito ser nossa proteção.
18 de Elul HAI ELUL
A vida em Elul!
Toda a vitalidade do mês de Elul está contida no dia 18 do mês e 18, em hebraico, se diz
(Chai), vivo.
O Rebe Raiats dizia em nome dos chassidim de antigamente, sobre o aumento do dia 18, que este dia introduz a vitalidade do mês. O que é o mês de Elul? É a retificação do ano que passou por meio da Tshuvá e esta Tshuvá ocorre no mês de Elul; então mereceremos no ano que vem um ano bom e doce.
Dia 18 de Elul introduz toda a vitalidade que vamos precisar para fazer o trabalho próprio do mês e em geral, vai dar a força para fazer a Tshuvá.
Mas essa Tshuvá não a fazemos como um robô, de maneira repetitiva; precisamos de uma motivação própria, profunda e adequada. E não só isso, precisamos vitalidade e vigor (Chaiut).
Chai Elul é o dia do nascimento do Baal Shem tov. É o seu nascimento físico e o aniversário da sua alma, que desceu no seu corpo nesse dia, após tantos anos. O Baal Shem Tov revelou a Chassidut em geral. Mais tarde o Admor Hazaquen fundou a Chassidut Chabad. E seu aniversário é também Chai Elul.
Nesse dia é a revelação da Chassidut em geral e da Chassidut Chabad em particular e esse dia traz toda a vitalidade às coisas do mês de Elul.
Mas há algo que não compreendemos. A vitalidade está ligada a Simchá, alegria. Se é assim, como querem estar mais alegres no mês de Elul, mês em que deve se fazer Tshuvá? Como introduzir a vitalidade no mês de Elul?
TSHUVÁ é lamentar-se das coisas do passado e o compromisso, a decisão de fazer o bem no futuro. Quando se faz Tshuvá, se está no ‘amargor’; como estar então na alegria?
O Rambam diz que devemos fazer qualquer mitsvá com alegria. Quando cumprimos qualquer mitsvá estamos realizando a vontade de D’us. Agora me digam, quem é aquele que não está alegre ao fazer a vontade de Hashem, Bendito Seja? A Tshuvá é também uma mitsvá. E está bem claro que cada mitsvá, inclusive a Tshuvá, deve se fazer na alegria, já que ao cumpri-la estamos realizando a vontade de D’us. Faz-se uma mitsvá, qualquer que seja, é o bastante para ficarmos felizes!
Graças à Chassidut e à sua luz o dia 18 de Elul transforma o amargor de uma Tshuvá em alegria. A Simchá não está, portanto em contradição com o amargor.
Concretamente, como fazer Tshuvá com alegria? O Admor Hazaquen diz no Tania que o choro está fixo num lado do meu coração e a alegria está fixa do outro lado do meu coração. Realiza-se ao mesmo tempo e no mesmo lugar duas coisas opostas: Amargor e alegria. Quando um judeu faz Tshuvá e se empenha contra seu Ietser Hará, ele sente amargura sobre os atos passados. Mas quando chega o momento da alegria? Quando ele se aproxima de D’us e sabe que D’us quer perdoá-lo; ele tem a certeza que D’us vai perdoá-lo. ESTE É O MOTIVO DA SUA ALEGRIA.
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