Meu presente: A TORAH
A festa de Shavuot é particular, pois ela celebra o dom da Tora, que está na base de toda existência. É por este motivo que a festa de Shavuot só dura um dia (ao qual adicionamos, fora de Eretz Israel é claro, um segundo dia introduzido pelos Sábios ao dia seguinte de cada festa, pelos Sábios). Também, nenhuma prática específica caracteriza esta festa. Na verdade, a Torá é um ponto único que não podemos segmentar e que deve ser interiorizado neste dia.
A parte oculta da Tora foi então igualmente dada, do mesmo jeito que “as explicações dadas pelos eruditos de cada geração”. É daí que vem a importância deste dia. Muito mais, diz-se que “uma nova Tora irá emanar de mim”, durante a vinda do Mashia’ch. Apesar disto, os Sábios afirmam “o Dom da Torá não ocorrerá uma outra vez”.
O Dom da Tora tornou-se possível graças à unidade e a submissão dos filhos de Israel. O versículo na verdade diz “Israel acampou na frente da montanha”e , comentando este versículo, o Rashi disse; “como um homem somente, com um coração só”. A unidade de Israel é de fato o receptáculo das mais altas revelações.
O Rabbi Shlita destaca a importância de levar as crianças, até mesmo as menores, a Sinagoga, no dia de Shavuot, a fim de ouvir a leitura dos Dez Mandamentos. Na verdade, as crianças foram as garantias ao Dom da Tora. Todo ano, nesse dia, a Tora é novamente dada, assim que for dito: “estes dias são comemorados e revividos”. As crianças devem então estar presentes e afirmar ainda mais uma vez seu papel de garantia.
Várias razões explicam o costume observado em muitas sinagogas, a saber, a leitura do Livro de Rute no 2o dia de Shavuot: 1) Shavuot é o aniversário do nascimento e da morte do rei David e o livro de Rute indica a linhagem do rei David. Boaz e Rute eram os bisavôs de David; 2) As cenas da colheita são apropriadas para a "Festa da Colheita"; 3) Rute era uma mulher sincera que havia se convertido ao Judaísmo com todo o seu coração. No dia de Shavuot todos os judeus eram "prosélitos", já que aceitaram a Torá e todos os seus preceitos.
também todos os maus sentimentos que emanam da Klipa e do “outro lado” da kedusha, a santidade.
Os chachamim dizem que a Torá foi entregue no Midbar (deserto). O deserto é um lugar ermo, um lugar sem dono onde cada um pode fazer o que quer. Precisamente por isso Hashem deu a Torá no deserto dizendo com isso que a Torá não é herança de ninguém em especial e que não pertence a nenhuma família ou pessoa. A Torá é uma coroa que quem quer que se esforce vai poder receber. Existem 3 coroas. A dos Cohanim, que D’us deu para Aarão e seus descendentes. A da realeza, atribuída a David e seus descendentes. Mas a coroa da Torá, a mais elevada das 3, é de todos e pode ser adquirida apenas pelo esforço e dedicação pessoais e não por herança.