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PARASHA BALAK
Conteúdo da Parashá BALAK
Þ Moav escolheu Balac como rei
Þ Balac envia mensageiros a Bilaam
Þ Os acontecimentos estranhos e milagrosos da viagem de Bilaam
Þ Bilaam é recebido por Balac e lhe pede para erigir altares
Þ A primeira bênção de Bilaam: a origem do povo judeu e seu destino são únicos
Þ A segunda profecia de Bilaam: a grandeza do povo judeu o protege das maldições
Þ A terceira profecia de Bilaam: os Judeus habitarão em segurança em Erets Israel, governados por seus reis
Þ A quarta e última bênção de Bilaam
Þ Será que Bilaam possuía mesmo o poder de maldizer?
Þ A armadilha de Bilaam aos Bnei Israel em Shitim
Resumo da Parashá BALAK
Balac foi um grande anti-semita. Ele odiava os judeus ainda mais que Bilaam. Ele chegou a propor a Bilaam toda a sua fortuna para que esse maldissesse os judeus. É que ele tinha confiança na capacidade de maldição de Bilaam. Bilaam era o maior mestre das forças ocultas do Meio-Oriente.
Nossos mestres afirmam que sua força espiritual era até superior à de Moisés. A diferença reside no fato de que Moisés usava a sua força espiritual para dar bênçãos e Bilaam para maldizer. No último momento, D’us transformou a maldição de Bilaam em benção: D’us colocou na boca de Bilaam as mais belas bênçãos que foram dadas ao povo judaico até então.
Esta é a finalidade: que até os nossos inimigos nos bendigam.
A benção acordada por um inimigo constitui a luz suprema: o lugar da transformação verdadeira que desemboca diretamente na vinda de Mashiach.
A - OS ANTI-SEMITAS QUEREM AMALDIÇOAR OS JUDEUS
Os habitantes de Moav foram invadidos pelo medo com a chegada dos judeus nas fronteiras do seu país. Os moabitas (habitantes de Moav), que mostravam um ódio ancestral pelo povo judeu designaram um novo rei: Balac.
Balac escolheu convidar um personagem bem particular para amaldiçoar os judeus: Bilam.
Balac e Bilam eram ambos mágicos et suas competências eram complementares.
- “Eu, Balac, rei de Moav, peço a você, Bilam, que venha me prestar assistência para acabar com esses judeus! Esta nação de judeus combate com as PALAVRAS: o segredo do poder deste povo é devido ao poder da sua LÍNGUA. Quando os judeus gritam para D’us, D’us atende todos os seus pedidos. Você também, Bilam, possui o poder da LINGUAGEM. Eu Balac, rei de Moav, estou convencido que as maldições que você fizer contra os judeus serão efetivadass e pagarei tudo o que precisar para isso. Se você vier e amaldiçoar os judeus, nós os aniquilaremos. E com certeza, remunerarei generosamente os seus serviços.
O oferecimento de Balac encontrou um eco profundo no coração de Bilam já que não havia nada que ele desejasse mais ardentemente que prejudicar os judeus.
Levado pelo ódio fanático contra os judeus e obcecado por seu projeto, tão perverso quanto diabólico, Balac dilapidou toda sua fortuna com a finalidade de maldizer os judeus. Mas em vão: a cada vez que Bilam abria sua boca para proferir as maldições contra os judeus, D’us fazia com que sua língua rachasse, obrigando-o a pronunciar o contrário do que ele pensava: as mais belas bênçãos! Balac se deu finalmente conta que a grandeza do povo judeu o protege das maldições.
Vendo que era impossível amaldiçoar os judeus, Balac, frustrado no seu furor anti-semita, decidiu dar andamento à cilada maléfica armada por Bilam contra os judeus: seu plano visava incitar os homens judeus ao pecado de imoralidade, confundido com o da idolatria, para despertar a cólera de D’us contra Seu povo eleito e protegido.
Balac e os nobres de Midian ordenaram às suas mais belas moças que se enfeitassem e seduzissem os judeus, incitando-os à mais absoluta libertinagem, até obter deles que rendessem culto ao seu ídolo, o Baal Peor, e se aliviassem diante dele. O abominável culto deste deus exigia que seus adoradores comessem e bebessem, depois se desnudassem e se aliviassem diante do ídolo. Os judeus, não podendo resistir à beleza das mulheres perversas e sedutoras de Midian, sucumbiram, caindo na dupla armadilha, da prostituição e da idolatria, e provocaram assim a cólera Celestial. Explodiu uma praga entre o povo e 24.000 homens judeus pereceram.
B – BALAC. Balac, anti-semita notório, não era de linhagem real: era só um nobre. E também não era natural de Moav, e sim um midianita; em tempos normais nunca teria podido ser elevado a essa alta posição. Mas era célebre por seu poder no combate, por seu heroísmo e seus talentos de mágico; portanto, Moav não tinha outra alternativa a não ser escolhê-lo.
Balac tirava da MAGIA e das forças da impureza o seu poder.
C - O PÁSSARO MÁGICO DE BALAC
Em épocas remotas, havia pessoas que, manipulando forças da impureza (tuma), podiam criar pássaros que lhes revelavam o futuro. Era preciso usar uma certa combinação de materiais (ouro para a cabeça, prata para o bico, cobre para as asas e assim por diante) montando as diferentes partes a certas horas do dia. Em última instância, se colocava no interior do bico, a língua de um pássaro vivo.
O pássaro era então levado até o batente de uma janela aberta, para ficar de frente para o sol durante o dia e de frente para a lua durante a noite. Sete dias depois, a língua do pássaro começava a tomar cor. O mágico a perfurava então com uma agulha de ouro e o pássaro começava a falar.
Balac era mais capaz que qualquer outro na criação deste pássaro mágico. Seu nome, Balac ben Tsipor significa: “Balac ao qual o futuro era revelado por intermédio de um pássaro mágico”. Seu pássaro lhe revelava segredos que só ele conhecia. Entre outros, ele lhe disse que teria primeiro a vitória sobre os judeus mas que acabaria caindo em suas mãos.
Certo dia, Balac começou o ritual destinado a fazer o pássaro falar. Enquanto se inclinava para lhe oferecer incenso, o pássaro voou. Vendo que não voltava imediatamente, Balac se atormentou. Mas um momento depois, o pássaro estava de volta, acompanhado por uma chama ardente que avermelhava seu rabo. Isso pressagiava a vitória da Shechina sobre os poderes da impureza (Tuma).
D - BILAM
Bilam, anti-semita notório, era neto de Lavan. Alimentava pela descendência do patriarca Iaacov (Jacó) um ódio profundo. Foi ele que sugeriu ao Faraó que se banhasse no sangue de crianças judias. Foi ele que incitou o faraó a atirar os recém nascidos judeus de sexo masculino no Nilo. Foi ele que INAUGUROU os estabelecimentos de jogo e as casas de prostituição. É claro que ele próprio se entregava às formas mais vis de libertinagem ENSINANDO à humanidade a maneira de se dedicar à imoralidade. Há muito a fama de Bilam se espalhara entre todas as nações, tanto como filósofo quanto como intérprete profissional de sonhos. Ulteriormente seus poderes efetivos de mágico o tinham tornado célebre. De perto e de longe, reis lhe ofereciam importâncias fabulosas para que amaldiçoasse seus inimigos ou para que lhes outorgue bênçãos que os levassem ao sucesso. Como Balac contratou os serviços de Bilam para aniquilar o povo judeu todo, Bilam aproveitou para extorquir toda a fortuna de Balac, fazendo-o crer que suas maldições e o sucesso dos seus poderes de feitiçaria lhe permitiriam combater, a ele sozinho, todo um povo, evitando que o rei de Moav financiasse e mobilizasse um exército inteiro para exterminar os judeus.
Mas as coisas aconteceram de maneira diferente. Bilam fez todas as tentativas possíveis para obter a permissão de D’us para amaldiçoar os judeus. Mas apesar do seu desejo ardente de amaldiçoá-los e seus poderes maléficos no assunto, ele foi forçado por D’us a pronunciar apenas as mais altas bênçãos, os mais belos elogios e profecias revelando o que os judeus fariam na época de Mashiach. Bilam confessou aos mensageiros de Balac: “não posso transgredir o Mandamento de D’us, mesmo se Balac me oferecer todo o ouro e a prata dos seus tesouros”.
Animado pelo seu ódio anti-semita mais alto, Bilam não pode mais que inclinar-se e constatar com ciúmes que a origem do povo judeu e seu destino são únicos. Quando concluiu suas profecias contra sua vontade, assegurou, antes de retornar à sua residência, a armação de uma cilada aos judeus: supervisionou pessoalmente a construção de um grande número de cabanas ao logo do caminho que os judeus deviam percorrer e ali instalou as mais belas filhas de Midian para que seduzissem os homens judeus e os incitassem a servir seu ídolo, o Baal Peor.
Balac teve um fim atroz e sucumbiu à espada de Pinchas.
E - 2 MÁGICOS
Se o próprio Balac era um feiticeiro, para que necessitava Bilam? Na verdade, as competências de ambos eram complementares. Balac tinha o conhecimento das condições práticas: por exemplo, ele podia determinar exatamente onde deve se ficar para que a maldição se torne efetiva. E Bilam possuía as claves internas, as palavras com as quais amaldiçoar.
F - “A BENÇÃO DO INIMIGO”
Balac foi um grande anti-semita. Ele odiava os judeus ainda mais que Bilam. Ele chegou a propor a Bilam toda a sua fortuna para que esse amaldiçoasse os judeus. É que ele tinha confiança na capacidade de maldição de Bilam. Bilam era o maior mestre das forças ocultas do Meio Oriente.
Nossos mestres afirmam que sua força espiritual era até superior à de Moisés. A diferença residia no fato de que Moisés usava a sua força espiritual para dar bênçãos e Bilam para maldizer. No último momento, D’us transformou a maldição de Bilam em benção: D’us colocou na boca de Bilam as mais belas bênçãos que foram dadas ao povo judaico até então.
Esta é a finalidade última: que até os nossos inimigos nos bendigam.
A benção acordada por um inimigo constitui a luz suprema: o lugar da transformação verdadeira que desemboca diretamente na vinda de Mashiach. www.rabinatorio.org
O NASCIMENTO E A VIDA DE UM GRANDE CHEFE
Uma vez em muitas gerações, quando Seu povo Israel está muito aflito, quando no seu amargo exílio ele recebe uma dose suplementar de sofrimento e de opressão, o Todo-Poderoso envia uma alma exaltada para ajudá-lo nessas horas críticas. Líder único, assim, foi o sexto Rebe de Lubavitch, o Rabi Iossef-Itschac Schneerson, filho único dos seus santos pais, Rabi Shalom-Ber (RaShaB) e a Rabanit Shterna-Sara.
Foi certamente a Providência Divina que enviou um homem tão grande, com seu amor insondável pelos Judeus, sua Messirat Nefesh (devoção total) sem limites por eles, seus talentos e suas qualidades excepcionais de espírito e de personalidade para salvar o judaísmo russo em tempos de grave perigo. E quando a horrível catástrofe do nazismo engoliu o Judaísmo Europeu, foi o Rebe, com seu idealismo sem compromisso e sua absoluta devoção à Torá e à Tradição judaica o escolhido pela Providencia Divina para fazer dos Estados Unidos um porto para a Torá.
Rabi Iossef-Itschac Schneerson, o sexto Rebe de Lubavitch, nasceu no dia 12 de Tamuz de 5640 (1880) em Lubavitch, Rússia Branca, e faleceu em 10 de Shevat de 5710 (1950) em Brooklin, Nova Iorque. Em 1927 ele foi detido pelas autoridades soviéticas por causa do seu trabalho incansável para preservar o judaísmo e as instituições da Torá sob o regime soviético. Após um encarceramento doloroso e aterrador na célebre prisão “Shpalerca” em Leningrado, durante dezoito dias e meio, no curso dos quais sua vida estava em jogo, a sentença do prisioneiro foi comutada para deportação para Costroma por um período de três anos. Mas dez dias depois, ele foi liberado.
A notícia da sua liberação iminente foi comunicada a ele no dia do seu aniversário e no dia seguinte ele já era um homem livre.
A Rabanit Shterna-Sara mãe do Rebe Iossef-Itschac contou um dia a seguinte história:
“Já tinham passado muitos anos desde o meu casamento mas eu ainda não tinha sido abençoada por uma progênie sadia. Isso me deprimia um pouco, especialmente por eu ser ainda muito jovem e por estar longe da casa da minha família.
No dia de Simchat-Torá do ano de 5640 estávamos para o Quidush com alguns convidados na casa do meu sogro o Rebe de Lubavitch da época, Rabi Shmuel (o MaHaRaSh). No momento culminante da celebração foi feita uma bênção “Mi Sheberach” para aqueles que prometessem contribuir para uma certa causa de Tsedacá (caridade). Tendo terminado com os homens, os “oficiantes” se dirigiram para a sala onde estavam as mulheres e muitas mulheres foram abençoadas com um “Mi Sheberach”. Parece que me esqueceram pois não foi dito nenhum “Mi Sheberach” para mim! Fiquei muito decepcionada porque gostaria de ter sido particularmente abençoada nesta ocasião de bom augúrio.
Alguns instantes depois, alguém, aparentemente, percebeu o esquecimento. O oficiante voltou para dizer um Mi Sheberach para mim. Mas senti que não era a mesma coisa, isso estava me parecendo um “remendo”.
O Quidush não durou muito. Meu santo sogro voltou para seu quarto e os Chassidim, inclusive meu esposo, se dirigiram à casa do Rabi Shilem Reich, genro do Rabi Baruch Shalom, o filho mais velho do Tsemach Tsedec, para ali prosseguirem a festa.
Depois da saída dos Chassidim, me retirei para o meu quarto onde sentei-me, lamentando a minha sorte. Eu estava me sentindo triste por não ter filhos ainda; e me sentia completamente só. Para coroar tudo, o incidente do Mi Sheberach também me irritava. Abaixei a cabeça e comecei a chorar, encostada na mesa. Então adormeci.
Nesse momento um venerável Judeu entrou no meu quarto e me perguntou: ‘Porque choras assim, minha filha?’ Abri meu coração para ele e lhe disse o que havia provocado minhas lágrimas. O visitante me disse então: ‘Não chore. Eu lhe prometo para este ano a bênção de um filho. Mas tem duas condições: primeiro, logo depois de Iom-Tov será preciso dar Chai (18) rublos de caridade, do seu dinheiro pessoal; segundo ....’ Não lembro exatamente qual foi a segunda condição, mas acho que tinha algo a ver com o segredo que eu devia guardar sobre a gravidez pelo maior tempo possível.
O visitante inesperado deixou então o quarto para voltar pouco depois na companhia de dois outros veneráveis Judeus. Em sua presença, ele me repetiu sua promessa, bem como as condições necessárias; os outros dois deram o seu consentimento. Os três então me abençoaram e foram embora. Acordei com o coração palpitando.
Pouco depois o meu marido voltou. Ele estava visivelmente feliz e de bom humor e mal entrou no quarto, fez uma travessura. Falei-lhe imediatamente do meu sonho. Ele ficou muito sério e foi ter com seu pai. Quando voltou, disse que seu pai desejava ver-me imediatamente. Fui falar com meu sogro. Ele me pediu para repetir o sonho com os mínimos detalhes e me questionou depois com respeito à aparência dos três homens que eu tinha visto no meu sonho. Descrevi-os, e ele então explicou: ‘o primeiro era meu pai (o santo Tsemach-Tsedec) e os dois outros: meu avô (o Miteler Rebe) e meu bisavô (o Alter Rebe), bendita seja sua memória.
Após Iom Tov, eu deveria me submeter à primeira condição. Mas como juntar os 18 rublos para Tsedacá? Recordei que possuía um vestido novo caro, feito na última moda, que meu sogro não queria me ver usando; portanto ele ficava pendurado num armário. Chamei uma mulher judia influente que era ativa na cidade em obras de caridade e lhe pedi, confidencialmente, para vender meu vestido. Não ficaria bem se corresse a voz que a nora do Rebe de Lubavitch estava vendendo alguma coisa do seu guarda-roupa. O produto dessa venda e de outros objetos pessoais me permitiram reunir os 18 rublos que distribuí em dinheiro para Tsedacá. Neste mesmo ano de 5640 (1880), no dia 12 de Tamuz, meu filho Iossef-Itschac nasceu.” www.rabinatorio.org
O Rabi Iossef Itschac era um ardente defensor dos seus irmãos judeus. Ele lutou incansavelmente pela sua independência, tanto material quanto espiritual. Sua ação o opôs ao regime anti-semita tsarista e mais tarde aos comunistas, que negavam D’us. A conseqüência disso foi que ele conheceu as prisões russas, onde ele foi encarcerado algumas vezes.
O QUE DEVE FAZER AQUELE QUE É “PRESO” PELO DESÂNIMO
Contando sobre seu encarceramento, o Rebe (Raiats) disse ter sido invadido pelo desespero ao pensar nos membros da sua família. De repente, uma idéia cruzou a sua mente: “Basta! Tudo vem de D’us. Não tenho direito de ter um pensamento desses. Devo me representar o rosto do meu pai, o Rebe”. Disso podemos deduzir o que deve fazer alguém “preso” pelo desânimo: ele deve se representar o rosto do Rebe. De fato cada um deve fazê-lo, de vez em quando, recordar os propósitos que foram ouvidos dele, saber que o Rebe vai semper ajudar. Não é preciso se preocupar.
Discurso do Rebe, Lag Baomer 5710, 1950
A LIBERAÇÃO DE 12-13 TAMUZ
O Chaloch declara que todas as festas judaicas, inclusive aquelas de origem rabínica, estão ligadas à porção semanal da Torá em que ocorrem.
Entendemos que isso também se aplica à “festa da libertação” de 12 e 13 de Tamuz, que celebra a libertação do Rebe precedente de Lubavitch das prisões soviéticas onde fora encarcerado unicamente por ter se dedicado à propagação do judaísmo.
Esta festa está, portanto, ligada à Sidra de Balac, já que acontece na mesma semana.
Qual a ligação entre as duas?
Nossos sábios nos contam que Balac odiava o povo judeu ao máximo. Consequentemente ele fazia questão de prejudicá-lo de todas as maneiras possíveis até chegar a contratar os serviços do feiticeiro Bilam.
Isto também ocorreu no arresto e liberação do Rebe precedente de Lubavitch. Como ele próprio escrevera numa carta, “o seu trabalho religioso era permitido de acordo com as leis da terra”. Ele foi detido por aqueles que procuravam atrapalhar “aqueles que observam as leis de Moisés e de Israel”, embora isso estivesse “em oposição com as leis da terra”.O ódio destas pessoas pelo judaísmo e pelos judeus religiosos era similar ao de Balac, a ponto de estarem prontos a ir contra as leis da natureza, entravando o trabalho sagrado do Rebe precedente.
Do mesmo modo que Balac e Bilam falharam nas suas tentativas a ponto de em vez de maldizer os judeus, Bilam acabou por abençoá-los, do mesmo modo o Rebe precedente foi liberado.
As pessoas que eram responsáveis pela sua prisão foram forçadas a assistir à sua liberação e até participaram para ajudar o Rebe a deixar o país. Deste modo, o Rebe precedente mereceu este milagre por que seu ser inteiro, bem como suas ações pelo judaísmo estavam totalmente penetradas pelo sacrifício total de si mesmo. Foi especialmente assim já que sua obra para difundir o judaísmo “neste país” precisava do sacrifício de si para cada aspecto da Torá e das Mitsvot.
Sua liberação milagrosa podia estar revestida em fatos naturais. Mais que anular as leis da natureza este milagre foi tão elevado que ocorreu naturalmente. D’us tem, em geral, três modos de dirigir o mundo: a) de acordo com as leis da natureza b) com milagres que transcendem e anulam as leis naturais c) com uma revelação divina tal que o milagre está envolto na própria natureza.
Com referência a este último ponto, a própria natureza está tão penetrada de espiritualidade que concorda com o milagre e se presta a ele. Assim foi o milagre de Purim.
Apesar de envolto pelas leis da natureza, é claro para todos que as causas foram sobrenaturais. Isto também ocorre com o milagre de 12 e 13 de Tamuz, em que as mesmas pessoas que deu a ordem do arresto do Rebe pronunciaram a sua liberação. Nossos Rabanim Chabad nos ensinam que o sacrifício de si é tão elevado que ele transforma a natureza num receptáculo para a divindade. A abnegação constante do Rebe precedente de Lubavitch foi soldada por um milagre cuja fonte era mais alta.
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