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PARASHA BESHALAH

Tradução, Rachel Catran, ediçKol Hamoshiah

PARASHAT BESHALAH

Conteúdo da Parashá:

Þ Os Bnei Israel no deserto.

Þ Faraó e seu exército perseguem os Bnei Israel.

Þ A primeira das dez rebeliões dos Bnei Israel contra Hashem: a queixa na beira do Iam Suf.

Þ Queriat Iam Suf/A abertura do Iam Suf.

Þ Os dez milagres do Iam Suf e as dez pragas que foram infligidas aos Egípcios.

Þ Shirat haiam/O canto de louvor do Iam Suf.

Þ Ashira l’Hashem Qui gao gaa/Eu cantarei para Hashem porque Ele é elevado acima dos orgulhosos e todo o louvor retorna a Ele só.

Þ Suss verochvo rama baiam/Ele elevou o corcel e seu cavaleiro e depois Ele os projetou juntos no mar.

Þ Ozi vezimrat ka vaiehi li lishuá/A força e a vingança de Hashem vieram ajudar-me.

Þ Ze keli veanvehu/É o meu D’us e eu O glorificarei.

Þ Eloqué avi vearomemenehu/O D’us do meu pai e eu O exaltarei.

Þ Hashem ish milchama Hashem shemo/Mesmo quando Hashem aparece como um guerreiro que destrói os maus sobre o Iam Suf, Seu Nome é Hashem (D’us de Misericórdia), porque simultâneamente Ele nutre e mantém o resto do mundo com bondade.

Þ Marquevot Paró vecheilo iara vaiam/ele precipitou as carruagens de Faraó e seu exército no mar.

Þ Umivchar shalishav tuveú veiam suf/e os melhores dos seus cavaleiros se afogaram no Iam Suf.

Þ Tehomot Iecasiumu/As águas os recobriram.

Þ Iardu vimsolot/Eles (os egípcios) mergulharam em duas profundidades.

Þ Quemo even/como pedra.

Þ Ieminecha Hashem needari bacoach, Ieminecha Hashem tiráts oiev/Tua mão direita, Hashem, é gloriosa em poder (para proteger os tsadiquim), Tua mão direita, Hashem pisa o inimigo.

Þ Uverov gueonecha taharos camecha/E na grandeza do teu esplendor Tu destruirás Teus adversários.

Þ Teshalach Haronecha iochelemo cacash/Tu enviarás Tua cólera que os consumirá como palha.

Þ Uberuach apecha neermu maim/E com o sopro das Tuas narinas a água formou paredes sólidas.

Þ Nitsevu quemo ned nozlim/Eles (os egípcios) foram petrificados como muros.

Þ Cafu tehomot belev iam/As profundezas do coração do mar endureceram

Þ Amar oiev erdof assig achalec shalal/(Inspirados pelo ruach hacodesh, os Bnei Israel sabiam que) o inimigo (Faraó) havia dito: “Vou persegui-los, vou vencê-(los), vou dividir o botim.

Þ Aric charbi torishemo iadi/Vou tirar minha espada e minha mão vai empobrecê-los”.

Þ Nashafta beruchacha quisamo iam/Tu sopraste com Teu vento: o mar os recobriu.

Þ Tsalalu caoferet bemaim adirim/Eles afundaram como chumbo nas águas poderosas.

Þ Micamocha baelim Hashem/Quem é como Tu entre os poderosos, Hashem?

Þ Micamocha needar bacodesh/Quem é como Tu, glorioso em santidade?

Þ Nora tehilot/Teus louvores (só podem ser ditos) com temor.

Þ Ossé Felé/Cumprindo milagres.

Þ Natita ieminecha tivlaémo arets/Quando estendeste Tua mão direita, a terra os engoliu.

Þ Nachita bechasdecha am zu gaalta/Na Tua bondade Tu guiaste este povo que Tu liberaste.

Þ Nealta beozecha el neve codshecha/Tu os conduziste pelo mérito da Torá e o mérito do Teu Santo acima (o Beit Hamicdash).

Þ Shamu amim irgazun/As nações ouviram e elas tremeram.

Þ Chil achaz, ioshvé pelashet/O temor se apoderou dos habitantes de Pelashet.

Þ Az nivhalu alufé Edom/Os chefes de Edom foram então tomados de terror.

Þ Eilei Moav iochazemo raad/Os poderosos de Moav foram tomados de tremor.

Þ Namogu col ioshevé Cnaan/Todos os habitantes de Canaan derreteram de medo.

Þ Tipol alehem eimata vapachad/O espanto e o horror cairam sobre sobre eles.

Þ Bigdol zeroacha idmu caaven/Pela grandeza do Teu bracço, eles calaram como a pedra

Þ Ad iaavor amecha Hashem, ad iaavor am zu canita/Até que Teu povo tenha passado, Hashem. Até que esta nação que Tu fundaste tenha passado.

Þ Teviémo vetitaémo behar nachalatecha/ Tu oo conduzirás e Tu os instalarás sobre a montanha da Tua herança.

Þ Machon leshivtecha paalta Hashem/No palácio, Hashem, do qual Tu fizeste uma residência

Þ Micdash Hashem conenu iadecha/No santuário que Tuas mãos estabeleceram

Þ Hashem imloch leolam vaed/Hashem reinará eternamente.

Þ Qui ba sus Paro...betoch aiam/Porque o cavalo de Faraó veio com seus carros e seus cavaleiros ao mar e Hashem trouxe a água do mar sobre eles, após terem os Bnei Israel atravessado a pé em terra seca no meio do mar.

Þ Os Bnei Israel recusam deixar as margens do Iam Suf.

Þ Os Bnei Israel se queixam da falta de água: uma das dez rebeliões do deserto.

Þ Os Bnei Israel pedem pão e carne.

Þ As codornizes e o pão celectial, o Man.

Þ Datan e Aviram ignoram a advertência de Moshé.

Þ As lições eternas do Man.

Þ Os Bnei Israel se rebelam contra Hashem em Massa Umeriba.

Þ O ataque de Amalec.

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Resumo da Parashá:

Os Judeus saem do Egito. O Faraó decide persegui-los com seu exército. Ele os alcança perto do Mar Vermelho. Este se abre, deixando os Judeus passarem e engolindo os Egípcios. O povo Judeu avança no deserto em direção ao Monte Sinai. Ele reclama comida. D’us lhe da o man. Moshé faz a guerra contra Amalec.

Nesta semana cai também o 10 de Shvat, o aniversário da partida deste mundo do Rabi Iossef Itschac Schneerson, o Rebe precedente de Lubavitch.

Pular na água!

A abertura do Mar Vermelho é um dos maiores milagres que aconteceu com o nosso povo. Foi também uma preparação para a outorga da Torá e a vinda de Mashiach. Como foi que isto aconteceu?

A Torá nos conta que um Judeu que se chamava Nachshon Ben Aminadav, confiou tanto em D’us que pulou no mar. Deste modo, ele agiu para todos os Judeus já que foi assim que o mar se abriu.

Quando Nachshon pulou na água, seu ato pareceu incrível. Na verdade, naquele momento, ninguém sabia que o mar iria se abrir. Mas Nachshon tinha confiança em D’us, que tinha tirado o povo judeu do Egito para trazê-lo ao Monte Sinai e dar a Torá. Nachshon sabia que tinha que chegar até ali, o que se encontrava no caminho não o interessava. Mesmo quando estava diante do mar, ele não pensou um só instante. Pulou na água e continuou no caminho para chegar ao Monte Sinai.

Os Judeus que estavam diante do mar não sabiam exatamente o que fazer. Alguns pensavam que era preciso voltar ao Egito, outros que precisava combater os egípcios que os perseguiam. Outros ainda aconselhavam a fuga para o deserto e apenas uma pequena parte do povo pensava que se podia pular no mar. Nachshon não tentou obedecer a maioria. E também não ficou pensando muito tempo. Ele sabia que o objetivo era o Monte Sinai (receber a Torá) e que para chegar só havia uma solução: pular na água. Foi o que ele fez.

Esta história é um ensinamento para todas as gerações. Na nossa época vimos o Rebe precedente que agiu como Nachshon, sacrificando-se e transmitindo esta qualidade aos seus discípulos.

Na sua época o comunismo reinava na Rússia. Para difundir a Torá, as Mitsvot e a Chassidut, precisava sacrificar-se de verdade porque isso era considerado estar contra o governo. O Rebe precedente o fez e pediu aos seus Chassidim que também o fizessem.

Ele não procurou sacrificar-se, este não era seu objetivo. Ele só queria difundir o judaísmo; mas para isso ele fazia tudo o que precisava até o sacrifício pessoal. O Rebe não perguntou se precisava agir assim e não se incomodou com as diferentes opiniões que os Judeus da sua época podiam ter. Tudo isto não o tocava. Ele só sabia uma coisa: era preciso chegar ao Monte Sinai! E se para isso fosse necessário pular no mar, ele o faria! O que iria então acontecer? Não era seu problema e sim o de D’us!

Esta é uma lição para nós. Temos a missão de servir D’us, amar todas as criaturas e aproximá-las da Torá. As opiniões, os pontos de vista diferentes não nos interessam e não se relacionam conosco. Precisamos avançar em direção à outorga da Torá sem hesitar!

DEZ DE SHVAT

Foi no dia 10 de Shvat de 1950, o Rebe Shlita (Menachem Mendel Schneerson) encabeçou os Chassidim de Chabad. Em menos de meio século ele se tornou o Tsadic para o qual uma geração inteira se dirigiu. Quem não pediu uma bênção sua? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Ao aproximar-se o 10 de Shvat cabe, portanto, um balanço. Nunca na história do povo Judeu, um justo alcançou uma tal notoriedade em sua geração. Após a revelação do Monte Sinai, Moshé, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir-lhes a Palavra de D’us”. Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”. Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente? Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

O Rebe anunciou a iminência da libertação. A profecia do Rebe, que salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos, não poderia ser colocada em dúvida.

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashiach?

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Chafets Chaim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, comete um profundo erro. O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação repetidas vezes. A vinda de Mashiach não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA VOSSA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIACH ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashiach – aumentando em três domínios: TORÁ (Estudo) - TEFILOT (Orações) – TSEDACÁ (Ajuda ao Próximo) e proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIACH PARA SEMPRE.

***

BATI LEGANI.....vim ao meu jardim... (Cantar dos Cantares, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde Me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento que Moshé edifica o Santuário. A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Chassidismo. É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe precedente, o Rabino Iossef Itschac, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

Também, a cada ano, o Rebe, na sua intervenção pública de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rabino precedente) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

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10 Shvat 5674 – 1914

Nesta data, a Rabanit Rivca, esposa do Rabino Maharash, deixou este mundo.

A Rabanit Rivca nasceu em Lubavitch, em 5593-1833. Seu pai era o Rav Aharon, filho de Rav Moshé Alecsandrov de Shclov e sua mãe a Rabanit Chaia Sara, filha do Admor Haemtsaí.

Quando ainda jovem perdeu seu pai e sua mãe, a Rabanit Sheina, esposa do Admor Haemtdai. Em 5609-1849, casou com seu primo, o Rabino Maharash.

A Rabanit Rivca era conhecida por sua grande elevação espiritual e seu bom coração. Ela se distinguia por sua generosidade que era legendária entre os Chassidim. Ela ia sem parara nas casas dos pobres, preparando as festas alegres que deviam ser celebradas nas mesmas. Quando se fundou a Ieshivá Tomchei Temimim, em 5657-1897, ele se rewsponsabilizou pela subsistencia meterial dos seus alunos. Ela supervisionava pessoalmente a preparação dos alimentos. Quano os alunos vinham comer, ela se interessava por cada um deles em particular, perguntando-lhe se tinha comido o suficiente, e se progredia nos estudos.

A Rabanit conhecia muitas histórias e o Rebe Raiats coletou com ela muitas dessas históprias. Com respeito a isso, escreveu:

“A cada dia, ao voltar do Cheder, eu ia na casa da minha vó, a Rabanit Rivca, e lhe pedia para me contar uma história. Continueu fazendo essas visitas até que ela deixou este mundo. Os relatos da minha avó ocupam um lugar particular do meu diário e das minhas lembranças.

Ela me contou inúmeras histórias. Parte delas, aquelas que me é permitido revelarar, oralmente ou por escrito, foram relatadas em diferentes ocasiões. Aquilo que nào posso contar fica guardado comigo, assim como o escutei, conforme a bênção do meu pai.”

Ela tinha um profundo respeito pelo seu marido, o Rabino Maharash. Conta-se com respeito a isso que uma vez, quando saia do quarto do seu marido, sua roupa ficou presa na porta. Por respeito ao marido ela nãou ousou obri-la. Para não incomodá-lo. Ficou assim duante várias horas at’q eua o marido saiu do quarto e a viu. Ele [pergoutou-lh então:

“Você ainda está aqui?”

Uma vez ela ouviu que um dos seus filhos tinha se tornado comerciante. Ela ficou chorando durante vários dias. Estava literalmente inconsolável. Peguntaram-lhe então:

“Porque choras tanto? Teu marido deixou este mundo ainda jovem e não choraste tanto! Porque estás agora inconsolável?”

Ela respondeu:

“Não chorei quando meu marido morreu porque D’us quis que ele deixe este mundo jovem. Por outro lado, o fato do meu filho ser comerciante vai contra a vontade do meu marido e contra a vontade de D’us”.

Durante o inverno 5674-1914, a Rabanit ficou doente. No dia 9 de Shvat seu estado se agravou e ela ficou falando do seu sogro, o Tsemach Tsedec e do seu marido, o Rabino Maharash. Na sextafeira de manhã, véspera de Shabat 10 de Shvat, ela leu o Shema Israel e disse o Shmoné Essré, e depois deixou este mundo.

Pouco antes do seu decesso, ela contou a alguns Chassidim que possuía lençóis nos quais nossos mestres, desde o Admor Hazaquen até o Rabino Maharash, tinham sido secados quando da sua purificação ritual, após seus decesso. Ela indicou que os procurava há muito tempo e que tinha acabado de encontrá-los.

As instituições Beth Rivca do mundo todo levam seu nome. Ela está enterrada em Lubavitch, perto do Tsemach Tsédec e do Rabino Maharash.

(Cartas e Discursos do Rabino Raiats,

Hacriá Vehaquedushá, Shmuot Vesipurim).

10 Shvat 5710-1950

O Rabino Raiats deixou este mundo

Um dos seus alunos relata no seu diário: ...

O doutor Seligsohn nos conta que esta manhã, às sete horas e cinquenta, telefonaram para pedir-lhe que venha o mais rápido possível, Ele chegou e encontrou o Rabino à beira da agonia. Ele lhe deu duas injeções fortes, mas em vão.

Às oito e sete, as forças do mal levaram e nosso Rebe, líder e cavaleiro de Israel subiu para o céu.

No Domingo 11 de Shvat ocorreu o enterro. Às doze e trinta o caixou foi levado do dormitório para o da Rabanit, descendo depois pelas escadas. Saiu para a rua peloa porta principal. Ali o caixão apareceu, e sobre ele estava o manto preto de Shabat. As pessoas se atropelavam cada um querendo pelo menos tocar o caixão. Alguns desmaiavam e alguém teve um ataque cardíaco. O caixão estava no memso lugar, incapaz de adiantar-se. Tentou fazer-se ordem mas sem consegui-lo. Introduziu-se o caixão num carro. Foi assim que se conseguir avançar até o edifício da Ieshivá, em Bedford Avenue. Dali o comboio se dirigiu ao Cemitério Montefiore, em Long Island.

O caixou desceu na fossa. Neste preciso instante, ninguém chorava. As forças e os sentidos estavam petrificados. Todos ficam silenciosos, presos nos seus lugares.

Três quartos de hora mais tarde, o túmulo do nosso pai e nossa luminário foi fechado. Todos se sentiam amargos. Voltou-se ao 770, fez-se a oração de Mincha e começou o luto. Ainda teve lágrimas e choros, e Tehilim. Estávamos no seu quarto, os olhos fixos na sua poltrona. O coração ainda recusava-se a acreditar.”

Ele foi enterrado em Nova Iorque.

10 Shvat 5710-1950

O Rebe encabeça o povo Judeu.

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois o seu decesso, o Rebe, a partir do 10 de Shvat 5710-1950, tornou-se para todos os Chassidim aquele que era consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção.

10 Shvat 5711-1951

O Rebe pronunciou seu primeiro discurso chassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”..

Um dos alunos da Ieshiva relata no seu diário:

“Durante o Shabat precedente ao 10 de Shvat, oramos no apartamento do Rabino Raiats já que o ano de luto não havia ainda concluído. O Rebe leu a Haftará embaixo. Nesta ocasião chorou muito em particular pelo último versículo: “nada temas, meu servo, Iaacov”, bem como nas bênçãos, quando disse “porque, pelo Teu Santo Nome, Tu lhe prometeste que sua luz não se apagaria jamais”.

Na véspera do dia 10 de Shvat, o Rebe vestia uma roupa de seda, como no shabar e nas festas. Centenas de pessoas viera rezar com ele. Ele chorou muito, durante as três oraçòes.

Cada um escreveu uma carta para pedir-lhe uma bênção e a treansmitiu ao Rebe. Todos se dirigiram ao t

Úmulo. Antes de partir, um pedido de bênção foi formulado em nome de todos. Uma carta foi lida na casa de estudo, pela qual os Chassidim, em todos os lugares em que se encontravam, pedem ao Rebe Raiats que o Rebe aceite dirigi-los. Esta cara foi logo entreque ao Rebe que, em primeiro lugar, recusou lê-la, depois a leu soluçando.

10 Shvat 5730-1970

Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro, Assim começou a conquista da terra pela difusão da Chassidut..

O dia 10 de Shvat 5730-1970, marcou o vigésimo ano de direção espiritual do povo Judeu pelo Rebe. Mais uma etapa foi então ultrapassada na conquista do mundo pela difusão da Chassidut. Pela primeira vez, de fato, o discurso do Rebe era retransmitido em todo o globo. Ele ocorreu na saída do Shabat. Na véspera, sexta feira, tinha sido concluída a escrita do Sefer Torá destinado a ir ao encontro do nosso justo Mashiach.

Quriat Iam Suf / A abertura do Iam Suf Mar Vermelho

O mar não tinha ainda se fendido mas os Judeus continuavam indo para frente na corrente, lutando contra as poderosas ondas. A água já tinha alcançado seu pescoço.

Samaël tentou persuadir o anjo do mar de afogar os judeus, adiantando o argumento que os judeus não mereciam ser salvos.

“Mestre do Universo, disse, os judeus não eram idólatras no Egito? Porque merecem milagres?

- Insensato! respondeu-lhe Hashem. Será que foi por vontade própria que eles serviram ídolos? Sua idolatria era apenas resultado da escravidão e da confusão que reinava em seu espírito. Você não pode julgar atos cometidos involuntariamente e sob ameaça da mesma maneira que atos realizados num espírito de rebelião!” O anjo do mar aceitou esta defesa, dirigiu sua cólera contra os egípcios e se dispôs a afogá-los.

Moshé estendeu a sua mão em direção ao estrondo das ondas e ordenou ao mar: Em nome de Hashem, fenda-se!”, mas o mar não obedeceu. Ele não queria modificar os limites que lhe tinham sido fixados desde os Seis dias da Criação; Hashem ordenou a Moshé levantar seu bastão e ameaçar o mar, como um dono que levanta sua vara para bater num escravo rebelde. Entretanto, longe de se retirar, as ondas continuavam enchendo.

A Shechiná (presença Divina) de Hashem apareceu então sobre o mar e ele se fendeu.

Ma Lecha haiam qui tanuss/ porque, mar, te retiras agora?” perguntou Moshé.

E o mar respondeu: “Milifné adon chuli harets/ me retiro somente diante do Próprio Mestre do mundo!”

O estrondo do mar que se fendia foi ouvido até mesmo em países muito afastados. Neste momento, não somente o Iam Suf se fendeu mas também a água dos lagos e dos poços de todos os países, e até mesmo a água contida dentro das cântaros, anunciando assim o milagre ao mundo inteiro.

As águas da terra só voltaram ao seu estado normal quando o Iam Suf retornou ao seu curso natural.

Andando no leito do mar, os judeus observaram que o solo estava encharcado. Hashem queria testar sua reação. Alguns membros da tribo de Reuven fizeram a seguinte observação aos de Shimon: “Depois de deixar a lama do Egito, nos encontramos novamente na lama.” Hashem considerou suas palavras como uma rebelião contra Ele e declarou: “Eles se rebelaram contra Mim no Iam Suf. Apesar disso Eu os salvarei para que Meu Nome seja santificado.” Hashem, na sua Bondade, fez a lama secar e o solo ficou firme.

Enquanto o povo judeu atravessava o mar, o anjo Michael estava a seu lado e os protegia como uma muralha. Ele ordenava às águas sobre sua direita: “Tomem cuidado com o povo de Israel que mais tarde receberá a Torá de Hashem pela Sua mão direita!”, e advertia às águas à sua esquerda: “Não façam mal aos membros deste povo que mais tarde atará os tefilin sobre seu braço esquerdo!”

Os dez milagres do Iam Suf e as dez pragas que foram infligidas aos Egípcios

Quando o Povo de Israel atravessou o Iam Suf, Hashem cumpriu para eles dez milagres:

1. A água se fendeu.

2. Para protegê-los, fez um teto acima deles.

3. Fendeu-se em doze passagens, uma para cada tribo.

4. O solo estava absolutamente seco sob os pés dos judeus.

5. Mas era como argila sob os pés dos egípcios. Era uma retribuição mida quenegued mida, para punir os egípcios por terem escravizado o povo judeu e por fazê-los trabalhar com argila.

6. A água ficou dura como pedra (doendo aos egípcios que perseguiam os judeus).

7. A água solidificada formava muros de mosaicos decorativos.

8. Estes muros eram transparentes e permitiam que cada tribo visse os outros atravessando (o que lhe dava um sentimento de segurança).

9. Se um judeu ao atravessar o Iam Suf sentisse sede, bastava estender a mão e a parede derreta, dando uma água potável boa.

10. ‘Depois de estancar sua sede, o muro ficava novamente sólido.

O exército egípcio que os estava perseguindo também entro no leito do mar. Quando todos os egípcios haviam penetrado no mar, Hashem ordenou a Moshé que esticasse sua mão para que o mar retornasse ao seu estado natural, afogando os egípcios. Mas o sar do Egito se atirou diante de Hashem e pleiteou: “Mestre do Universo! Tu criaste o mundo com o atributo da bondade! Poupa os egípcios!”

Hashem ordenou aos sarim de todas as nações que formassem um tribunal no Céu para decidir se os egípcios mereciam ou não a destruição. Hashem disse aos anjos: “Quando Meus filhos desceram para o Egito, eles não tinha a intenção de ali se instalar mas somente de permanecer por um curto período. Depois o Faraó se levantou e os reduziu à escravidão. No princípio, forçou-os a se tornarem pastores, depois operários, depois decretou que seus recém nascidos fossem atirados no Nilo e finalmente que as parteiras matem as crianças judias!

- Mestre do universo, admitiu o sar do Egito, Tu deténs a Verdade e a Justiça. Mas será que não podes salvar os judeus sem destruir os egípcios?

O anjo Michael avançou para Gabriel. Este voou para o Egito e voltou com um tijolo dentro do qual estava cimentada um criança judia morta. O Atributo da Justiça se virou para Hashem e admitiu: “Executa a sentença porque eles são culpados.”

Os egípcios foram apagados do mundo por causa de sete crimes: a idolatria, a imoralidade, o assassinato, a opressão e a exploração das sua vítimas, a profanação do Nome de Hashem, o orgulho e a maledicência.

O mar que se havia fendido para deixar os judeus passarem no seco, surgia agora novamente no seu leito.

Os egípcios foram atingidos por dez pragas no mar, da mesma maneira que receberam dez pragas no Egito.*

* O Midrash não cita as dez pragas do Iam Suf. Nosso texto é uma combinação do comentário de Rabenu Ioná sobre Pirquei Avot e de diferentes Midrashim. Mechilta (30) explica que as pragas do Iam Suf podem ser divididas num número de pragas tal que de acordo com uma opinião, os egípcios foram atingidos por duzentos e cinqüenta pragas no Iam Suf.

1. Mesmo depois do amanhecer, eles continuavam avançando na escuridão porque a Nuvem de Glória que havia atrás do judeus mergulhava o acampamento egípcio nas trevas.

2. A Nuvem de Glória fazia com que o chão sob seus pés ficasse mole como a argila.

3. A coluna de fogo que aclarava o caminho dos judeus difundia um calor tão intenso para os egípcios que as ferraduras dos seus cavalos caíram.

4. O calor também queimou as rodas dos seus carros mas os carros continuaram a avançar apesar disso, arrastados no mar por uma força divina.

As pragas que acabamos de mencionar estão resumidas na Torá com as palavras: “E Ele os conduziu de uma maneira dura” (Shemot 14:25), para mostrar que o Faraó estava sendo punido com essas pragas por ter endurecido seu coração e ordenado a intensificação da escravidão dos judeus.

5. Como as ferraduras dos cavalos tinham caído, os egípcios balançavam nos seus carros e caíam na lama. Depois que caíam não podiam mais se levantar.

6. Quando a água caiu sobre eles, os egípcios não puderam fugir. Onde estivessem, as ondas rolavam em sua direção.

7. Hashem sacudiu os egípcios como alguém que vira um recipiente e eles tombaram no mar. Depois que mergulhavam no mar, as águas de baixo os atiravam para cima e as de cima os mergulhavam de novo no fundo.

8. Alguns dos egípcios foram recobertos pela terra do fundo do mar.

9. Outros penetraram na água como chumbo. (Era a morte rápida e misericordiosa dos melhores dentre os egípcios. Os perversos foram lançados na água morrendo com uma morte lenta e penosa).

10. Finalmente o mar jogou os corpos dos egípcios na beira do mar para os judeus os vissem.

O que ocorreu com o próprio Faraó? De acordo com uma opinião, ele sobreviveu enquanto todo seu exército se afogou para ser testemunha da alegria dos judeus. Depois, no fim, ele também se afogou. Segundo uma outra opinião, ele sobreviveu sem nunca mais voltar para o Egito. Viveu no exílio, proclamando a grandeza de Hashem.*

* Pirquei Rabi Eliezer cita o Faraó como uma prova viva do poder da teshuva (retorno a D’us) Sofrendo no mar, ele admitiu a verdade do poder de Hashem que ele havia negado no passado. Hashem então o poupou e ele fugiu para Nínive, da qual se tornou rei. Ele foi o dirigente a quem foi enviado o profeta Ioná, e ele ouviu a sua mensagem (Pirquei De Rabi Eliezer 33).

Tipol Aleichem eimata vapachad/ O espanto e o horror caíram sobre eles

Ao ficarem sabendo do grande milagre da abertura do Iam Suf (mar Vermelho), as nações próximas ao Egito foram tomadas de horror e as dos países longínquos foram atingidas pelo espanto. O horror e o espanto mais intensos são reservados às nações para a época de Mashiach.

PARASHA BESHALAH
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