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PARASHIOT MATOT MASSEY

Resumo do Conteúdo da Parachá MATOT

· As leis relativas aos votos e à sua anulação.

· Ordena-se a Moshé que faça a guerra aos midianitas.

· As leis relativas à “Casherização” dos utensílios tomados dos midianitas.

· Outorga-se o pedido de duas tribos e meia - Reuven, Gad e meio Menashé que têm seus territórios na margem ocidental do Jordão, depois de aceitarem as condições de Moshé.

Resumo: Os judeus fazem a guerra com Midian e vencem

As tribos de Reuven e Gad e meia tribo de Menashé se instalam com a autorização de Moshé do outro lado do Jordão, sem entrar em Israel. Apesar disso, ele ajudarão os outros judeus a conquistarem o país.

Logo, a Torá relata todas as etapas do povo judeu na sua viagem para Israel e precisa as fronteiras da terra que D’us nos da.

Resumo do Conteúdo da Parachá MASSEI

· A lista dos lugares onde os filhos de Israel acamparam durante sua viagem do Egito às fronteiras da terra de Israel.

· Uma admoestação para remover os idólatras da terra de Israel.

· Instruções sobre a partilha da terra.

· Os líderes de cada tribo são citados.

· Os requerimentos para designar 48 cidades para os levitas.

· As seis cidades de refúgio.

· O pedido da tribo de Menashé com respeito às filhas de Tselofchad.

O CAMINHO ESPIRITUAL

“Eis as etapas dos filhos de Israel...Eles viajaram...e eles acamparam...e eles viajaram e eles acamparam”.

A Torá nos indica os locais em que os Judeus acamparam, se detiveram no deserto. Porque está escrito na introdução, “Estas são as etapas (quer dizer as “viagens”) dos filhos de Israel” e não “estes são os acampamentos”? É claro que entre cada parada havia, sim, uma etapa. Mas a Torá escolheu contar os acampamentos e não as viagens!

Além disso, se a Torá quer nos contar a viagem dos Judeus no deserto, ela deveria ter dito “esta é a etapa, a viagem”, no singular, e não “as etapas”, no plural?

Mas a Torá nos ensina aqui alguma coisa muito importante para cada um de nós:

- “as etapas” - um judeu deve sempre ir para a frente. Quando cumprimos a vontade de D’us não devemos nunca nos deter; é preciso progredir sempre. A Torá não nos fala de uma só “etapa” mas de numerosas. Por que sempre, em qualquer situação, devemos avançar.

- “as etapas” - são um ensinamento para cada judeu.

Para aquele que está longe da Torá, que não cumpre as Mitsvot: ele não deve desesperar. E não deve permanecer neste estado. “Massei - as etapas” vem lhe dizer que ele deve progredir, avançar cada vez mais.

E para aquele que respeita perfeitamente a vontade de D’us, que já cumpre tudo, que não faz nunca nada errado, que ajuda outros judeus a se aproximarem da Torá, ele não tem o direito de se deter. “Massei - as etapas” vem lhe dizer que ele precisa avançar sempre!

Para fazer a vontade de D’us, não devemos nunca contentar-nos com o que já fizemos. É preciso acrescentar boas ações e progredir sempre.

Graças a isso tudo, em breve, Mashiach chegará.

O PROCESSO PARA ENTRAR EM ISRAEL

A chassidut, nos maamarim ligados à parashá Massei, explica que para “atravessar” o exílio, é preciso imitar o comportamento dos filhos de Israel que atravessaram o deserto para se dirigirem do Egito a Erets Israel.

Eles atravessaram 42 etapas; e do mesmo modo, o exílio está constituído de 42 etapas que precisamos superar antes de entrar em Erets Israel, quando da chegada do nosso Justo Mashiach.

No deserto os 2 últimos preparativos para entrar em Erets Israel foram a Casherização dos utensílios e a pureza pessoal. O mesmo deve acontecer conosco na hora atual, nestes últimos dias do exílio! Um esforço particular é necessário para tudo o que se refere à Cashrut dos alimentos e à pureza familiar.

Isso se soma, evidentemente, à importância intrínseca de cada mandamento Divino, que é a mesma em todas as épocas. Mas na ocorrência, estes preceitos permitem também preparar-se para a entrada em Erets Israel, quando da libertação por nosso Justo Mashiach.

Bein Hametsarim “ENTRE OS LIMITES” – 3 SEMANAS -

Damos o nome de Bein Hametsarim (“entre os limites”) às três semanas que vão desde o jejum de 17 de Tamuz, que lembra a primeira brecha feita nas muralhas de Jerusalém, até 9 de Av, dia-aniversário da destruição do Beit Hamicdash, do Templo.

A CONSTRUÇÃO DO BEIT HAMICDASH

Após a destruição do primeiro Templo, D”us mostrou ao profeta Iechezquel (Ezequiel) como deveria se fazer a sua construção. Ele mandou-o ir e informar ao povo judeu.

Iechezquel disse a D’us: “Mestre do mundo, estamos ainda no exílio, na terra dos nossos inimigos e Tu me dizes para ir e ensinar aos judeus como deve ser feito o Templo? E eles podem, por acaso, construí-lo? Deixe-os até que saiam do exílio então eu irei falar com eles.”

D’us respondeu: “Por que Meus filhos estão no exílio, deveria se abandonar a construção do Beit Hamicdash? Estudá-lo na Torá é tão importante quanto construí-lo! Diga a eles para estudar como construi--lo; e para recompensá-los, considerarei que é como construi-lo”.

A construção do Beit Hamicdash não é nunca abandonada, mesmo durante o exílio. Quando os judeus estudam como era feito o Templo, na Torá, na Mishná (a Torá Oral) ou no Rambam (Maimônides), D’us considera que estão construindo-o!.

A Torá ensina: “Façam para Mim um Santuário e Eu residirei entre vocês”. Este mandamento é eterno, não pode nunca desaparecer, em nenhuma época. Quando se está no exílio, ele é respeitado estudando como está feito o Beit Hamicdash. Ao fazê-lo, não nos contentamos com a lembrança do Templo mas cumprimos o mandamento de construi-lo.

Durante as três semanas entre 17 de Tamuz e 9 de Av, o período em que o Templo foi destruído, fazemos todos os esforços para ocupar-nos com a sua construção, estudando o que a Torá nos ensina a este respeito:

- na Parashá Terumá e Tetsavé, com respeito a Mishcan, o Santuário,

- no livro de Iechezquel, com respeito ao terceiro Beit Hamicdash,

- no tratado de Midot, com respeito ao segundo Beit Hamicdash,

- no Rambam, que nos da as leis do Templo.

Ao estudar tudo isso, mereceremos ver o Beit Hamicdash reconstruído.

A esse respeito, quem vai construir o Beit Hamicdash?

O Rambam nós ensina que é um homem que o construirá, Mashiach.

Entretanto, o Midrash explica que é D’us, Ele mesmo, que o construirá e que ele descerá do céu todo construído.

Então quem é que vai finalmente construí-lo? Cada um uma parte!

Tudo o que o tratado Midot nos diz e que entendemos muito bem, é que o homem o construirá. Mas tudo que está descrito no livro de Iechezquel, que não entendemos muito bem, é que D’us é Quem o fará.

E já que D’us vai participar desta construção, o terceiro Beit Hamicdash não será nunca mais destruído, e existirá para sempre!

O MÊS DE MENACHEM AV

Nossos sábios dizem que “quando começa o mês de Av, reduz-se sua alegria”. A tradição chassídica propõe outra leitura desta sentença: “quando começa o mês de Av, diminui-se (o aspecto negativo) através da alegria”.

O costume quer que este mês seja chamado Menachem Av, o “Pai consolador”. Entretanto, o adjetivo “consolador”, Menachem, está colocado antes do substantivo, “Pai”, Av, tal é a importância deste consolo, que será revelado plenamente com a vinda de Mashiach.

O início do mês de Av é o momento para intensificar o estudo da Torá e a doação de Tsedacá, como se diz “Sion será liberada pelo julgamento (a Torá) e seus cativos pela Tsedacá”. De acordo com a tradição chassídica, organiza-se diariamente durante os nove primeiros dias do mês, a conclusão de um tratado talmúdico com a finalidade de introduzir neste período, na medida do possível, toda a alegria permitida pela Torá.

Nossos Sábios dizem que a partir de 15 de Av, as noites se prolongam. Ora, diz o Zohar, “a noite só foi criada para o estudo”. Convém, portanto, que a partir desta data se aumente o estudo da Torá.

No dia 20 de Av, dia da Hilulá de Rabi Levi Itschac, o pai do Rebe Shlita, é também definido pelo Talmud como o “dia do sacrifício da madeira” para uma determinada família do povo de Israel, que alcançava assim o mais alto nível definido pelo Rambam no cumprimento da Mitsvá de Tsedacá, ao oferecer a madeira para os sacrifícios dos mais necessitados, sem sequer conhecê-los. Mas esta data é também a da doação de si próprio. De fato era proibido cortar madeira para o Templo depois de 15 de Av e esta família devia então juntar muito mais madeira do que a que ela oferecia. Se uma parte desta madeira tivesse vermes, ela não podia ir cortar mais galhos.

O Rebe Shlita tem, em geral, o costume de receber em Iechidut os convidados que vieram passar 20 de Av ao seu lado. Esta Iechidut é a última do ano, já que em Elul não há.

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