top of page
Entrevistas
ENTREVISTAS e depoimentos
Jornal kol Hamoshiah
Nome: Leah
Profissão: Modelo
Domicílio: Johannesburg, África do Sul
Minha carreira estava no mundo da alta moda. Eu era modelo fotográfico e de passarela e o estava fazendo bem. Foi a morte inesperada do meu pai que mudou tudo para mim.
Eu já morava fora de casa quando ele faleceu e me senti muito sozinha e assustada, atenta sobre quão passageira pode a vida ser. Eu sempre tinha acreditado em D’us e foi nesta época que encontrei um rabino maravilhoso e sua família cálida e acolhedora. Através da minha amizade com eles, fui levada para o estudo da Torá e para o judaísmo da Torá. Encontrei a claridade e uma vida estável e maravilhosa.
Nome: Natalie
Profissão: Violinista
Domicílio: Melbourne, Austrália
No período entre a minha graduação na escola secundária e o começo da minha formação em música na Universidade de Melbourne foi passar um ano em Israel com um grupo do nosso Templo Liberal. Três meses deste ano foram passados na Ieshivá Or Sameach de Jerusalém. Uma semente havia sido plantada, mas continuei vivendo a minha antiga vida.
Voltei para Melbourne onde estudei violino, tocando em orquestras e ensinando em escolas. Em 1985 fui para a Hungria por quatro anos para estudar num instituto especializado de música. Mas as discussões que tive enquanto em Or Sameach haviam ficado em minha mente.
Comecei a estudar mais e, para resumir a minha longa história, quanto mais eu estudava menos eu queria descartar os conhecimentos. Coisas que nunca havia entendido ou apreciado - tais como o significado e a beleza de guardar Shabat de acordo com a lei judia - de repente se tornaram coisas que eu queria muito cumprir.
Ao mesmo tempo, eu tinha o sentido da obrigação. Como judia, eu tinha que fazer o que os judeus deveriam fazer. Como, por exemplo, se eu era um membro de uma sociedade que preserva as árvores, eu tinha que me esforçar para proteger as florestas.
O que talvez tenha consolidado a minha decisão para ser observante foi a passagem da Torá que diz: “Faremos e entenderemos”. Bem simples, me dei conta que se esperasse ter todas as respostas às perguntas, nunca me tornaria observante.
De modo com muitos questionamentos ainda não resolvidos, continuei avançando pela nova senda que havia descoberto. E em mais de 10 anos, nunca olhei para trás.
Nome: Kenny
Profissão: escritora de filmes cinematográficos
Domicílio: Los Angeles, Califórnia
Me formei na Universidade de Nova Iorque e escrevi meu primeiro script de filme com 21 anos. Tornou-se um grande filme, com a atuação de Carol O’Connor e Ernest Borgnine, e seu êxito levou-me a Hollywood, onde vendi outro filme e publiquei minha primeira novela.
Meus pés estavam firmemente apoiados na senda do sucesso. Eu tinha um MG conversível, um ‘bungalow’ na praia, amigos com nomes famosos - tudo que um homem jovem poderia desejar.
Mas eu tinha também a sensação de que faltava alguma coisa. Era uma espécie de vazio interno que me fez sentir, apesar de todas as minhas realizações, apesar de todo o dinheiro que ganhava ou apesar do sucesso que eu era, que eu precisava fazer tudo de novo no dia seguinte. As realizações, o dinheiro, o sucesso não me preenchiam. Era comer um bom bife e ficar com fome de novo algumas horas depois, precisando comer mais. Todos que eu conhecia estavam fora deles mesmos, tentando encontrar todos os prazeres que podiam. Eles precisavam ser alguma coisa mais.
Um dia, estava sentado na praia com um israelense que estava tentando sua sorte como ator em Hollywood. Ele me perguntou porque eu não sabia nada de judaísmo. Isso me bateu como uma pergunta estranha. Eu havia estudado muito - mas nunca estudara alguma coisa que tivesse a ver com ser judeu. Comecei a ir à praia todo dia com a bíblia judia. Li compulsivamente, com uma objetividade intelectual, deixando de lado todos os prejuízos e preconceitos com os quais havia crescido e tentando ouvir o que a Torá dizia de verdade.
Depois disso, decidi ir a Israel e ver o que era tudo isso. Em Israel, as coisas se tornaram imediatamente mais claras. Decidi estudar mais sobre a Torá e me inscrevi numa Ieshivá de Jerusalém. Na medida que meus conhecimentos se aprofundavam vi que minhas primeiras impressões haviam sido as mais profundas: Existe um D’us e D’us interage conosco.
Israel é a plataforma de lançamento: é um lugar onde você pode se sentir livre dos bombardeios da propaganda e da televisão e de todas as pressões da sociedade Americana e olhar para dentro de você.
Nome: Diane
Profissão: Cantora folclórica
Domicílio: Montreal, Quebec
Eu estava tendo sucesso como cantora popular e folclórica. Havia produzido dois albumes com as gravadoras Columbia e Buddha. Tinha sido a abertura dos Shows de Country Joe, Billy Joel, Don Hicks e The Turtles, e havia compartido a cena com Tom Paxton. Meu circuito incluíra Filmore em São Francisco, Troubador em Los Angeles e Bottom Line, Reno Sweeny e Town Hall em Nova Yorque. Havia atuado em cerca de 300 concertos em teatros e clubes através dos Estados Unidos.
Gostava tanto de música quanto do aplauso e da adulação. Quando um dia minha música se tornou apenas uma grande chatice. Não podia entender porque até que descobri o modo de vida da Torá. Agora eu canto apenas para mulheres e minhas canções estão melhores do que nunca.
Tendo me tornado observante é simplesmente algo em que se apoiar. Nos, judeus, estivemos por aqui há muito, e o que nos manteve vivos tem sido nosso sistema de valores, diretriz eterna. É alguma coisa que nos pertence.
Vivemos uma época em que as regras estão mudando. O tapete tem sido constantemente puxado debaixo dos nossos pés. É bom ter a Torá, imutável e estável, para nosso uso imediato.
Nome: Iehoshua
Profissão: Estudante
Domicílio: Quibuts Guesher HaZiv, Israel
Como a maioria dos rapazes israelenses, servi no exército durante três anos após terminar o segundo grau. Depois, logo de vários trabalhos diferentes, voltei ao quibuts onde trabalhei nos campos.
Eu tinha começado a pensar durante o período em que estive no exército. Me questionava sobre coisas como a finalidade da vida, o que era bom para mim e o que era justo para mim. Também indagava em termos mais amplos: qual é o destino do povo Judeu? Porque as coisas em Israel são como são? Porque há desacordo e insatisfação? E ponderei também problemas éticos como: o que é bom? O que é verdade? Qual o significado da verdade no mundo?
Não encontrei nenhuma resposta para estas coisas e continuei perturbando-me com isso. Gradualmente me conscientizei da necessidade de uma mudança – de voltar às raízes e à herança. Dentro de mim, comecei a sentir a fé em D’us crescer e queria que esta fé se tornasse uma parte da minha vida diária.
Para meus amigos eu tinha uma mensagem: parece às vezes que a distância entre Judeus ortodoxos e não ortodoxos é grande, mas isso não é verdade. O judaísmo toca o lugar mais profundo do coração de cada Judeu. Uma vez que você passa pela primeira barreira – a alienação aparente – você encontra um tesouro de sentido e propósito na vida, o desejo de fazer com que cada momento conte. Acima de tudo, há alegria. Eu desejo para todos meus amigos o privilégio de descobrirem suas raízes Judias e de cumprirem a missão encomendada às suas almas com alegria e plenitude do coração.
Nome: Anne
Profissão: Administradora de uma sociedade
Domicílio: Dallas, Texas
Depois de me formar no colégio, ocupei vários cargos importantes – entre eles Diretora Nacional de Relações de Franquias e Diretor de Marqueting. Com 21 anos eu estava ganhando $ 35.000 por ano e o futuro estava amplamente aberto para mim.
Neste mundo competitivo, aprendi rapidamente sobre a vida corporativa. A primeira prioridade é carreira. Em troca de dar tudo para a carreira há recompensas maiores: carros esportivos, empregados, casas bonitas.
Parecia ser tudo o que se pode querer, mas, de alguma maneira, eu sabia que havia algo mais. Se a carreira é seu ídolo, então seu foco está dirigido sobre você mesma – o que você deseja, o que vai fazê-la ser mais feliz e ter mais sucesso. Então você se da conta que esta vida vai ser apenas Eu. Mas deve ter mais do que isso.
Foi meu irmão que me mostrou que o “mais” estava na Torá. Observante há pouco tempo, ele sugeriu que eu fosse a um colégio religioso para mulheres. As discussões que lá ocorreram deram à minha vida uma dimensão inteiramente nova. Do alcance dos seus ensinamentos, desenvolvi novos discernimentos. De repente, eu estava reavaliando todas as minhas prioridades e tudo começou a fazer sentido, a encaixar no lugar.
Aprendi sobre a humildade e a modéstia. Fui inspirada pelas incríveis garotas religiosas de 19 anos que encontrei: seus ensinamentos e seu estilo de vida lhes dava uma maturidade, uma inteligência e um refinamento que você não aprender indo para a escola.
Decidi que não havia nada a perder explorando isso extensamente. Baseada em altos princípios morais, só podia acrescentar à minha vida e a mim.
O retorno ao estudo não tem fim.
Nome: Jacques
Profissão: Artista
Domicílio: Paris, França
Cresci num lar secular e fui educado em escolas seculares. A única coisa que conhecia sobre o judaísmo era o fígado picado e o guefilte fish.
Cresci para ser artista e mudei para um bairro de artistas de Paris. Meus amigos eram pessoas talentosas e dedicadas – artistas, músicos, escritores, diretores de cinema e escultores.
A mudança na minha vida começou quando fiz uma viagem para a América do Sul, excursionando dentro do continente e vivendo com os indígenas. Minha vida foi uma aventura: passei por epidemias, condições climáticas anómalas, comida estranha, pobres, bandidos, polícia e revolução política. Olhando para trás, foi um milagre ter conseguido voltar para casa.
Mas foi aí que me conscientizei da existência de D’us. Minhas experiências na América do Sul fizeram com que me desse conta que havia um Mestre do mundo, embora não pensasse ainda sobre Ele da maneira judia. O que eu sabia, sim, era que eu tinha que me purificar. Comecei tornando-me vegetariano – e quase sem me dar conta, passei a ser casher.
Minha carreira também mudou após essa viagem à América do Sul. Comecei a pintar figuras geométricas. Isto era novo para mim, e parecia como uma das sete maravilhas do mundo, com todo o conhecimento contido dentro da sua estrutura. Fiz exposições em Paris, Nova Iorque, Londres e Tanger.
Em Paris, nos anos 60, me envolvi em festivais de arte e em Nova Iorque trabalhei com animação de filmes, shows de luzes e projeção de multimedia para o meio artístico e o teatro. Havia uma onda espiritual em todo o mundo nesta época. As pessoas estavam estudando diferentes disciplinas e doutrinas para crescerem e aumentava a conscientização do Mestre do mundo. Desenvolveu-se uma literatura florescente em Paris. Eu li tudo e encontrei muitos dos assim chamados mestres espirituais. Mas nenhum deles me chamou a atenção.
No final dos anos 60, fiz um show de arte no Centro Cultural da Embaixada dos Estados Unidos em Tanger, no Marrocos. Na noite de abertura, um homem aproximou-se de mim. Era mais velho que eu e bem vestido, com cashemira e tweed ao estilo britânico. Ele me disse “Você é um Sufi!” Mais tarde indaguei quem era ele com o Embaixador dos Estados Unidos e resultou ser o líder mundial dos Sufis. Sua aproximação fora claramente um convite – que declinei.
De volta a Paris – uma experiência irresistível. Estava dirigindo meu carro, fumando um cigarro, quando uma voz me disse em Idish: “Iaacov, Shabbos!” Na verdade não prestei atenção. Alguns minutos depois, a voz veio de novo, implorando: “Iaacov, Shabbos!” Outra vez ignorei-a. Uma terceira vez, quase chorando, a voz veio, dizendo a mesma coisa.
Parei meu carro, tremendo todo. Pensei comigo: “Claro, sou um Judeu. Este é o problema. Hoje é Shabat e estou dirigindo e fumando. E esta é a solução para o que estive procurando. Preciso mudar meus caminhos. Preciso ir para Israel.”
Voltei para casa e disse à minha mulher: “Estou indo para Israel. Hoje é Shabat e olha o que estive fazendo da minha vida”. Ela só disse: “Ótimo. Vamos.” Em duas semanas estávamos em Israel e imediatamente comecei a estudar sobre o judaísmo, o que faço até hoje.
A única verdadeira alegria na vida é a vida Judia – mitsvot, feriados, um brith, um bar mitsvá, um casamento. Esta é a verdadeira revolução, porque no judaísmo, você está finalmente livre. Liberta você das paixões – e uma vez livre das paixões, você é dono da sua vontade. Esta é a verdadeira liberdade.
Nome: FISHEL
Profissão: Rabino; campeão de faixa preta de terceiro grau de Caratê
Domicílio: Benington, Vermont
Iniciei a minha vida num lar judeu conservador abastado em Long Island, Nova Iorque. Quando fiz 13 anos, mudamos para Vermont, onde estávamos desligados de qualquer coisa judaica. Foi lá que deparei com o anti-semitismo quando voltei da escola chorando porque os meninos tinham batido em mim.
Meu pai me inscreveu numa aula de Caratê, dizendo-me que eu teria que aprender a me defender sozinho. Durante os 12 anos seguintes eu aprendi as artes marciais. E de defesa pessoal pura ela cresceu dentro de mim para ser uma filosofia da disciplina. Ganhei minha primeira faixa preta com 17 anos, disputada no Torneio Nacional de Caratê dos Estados Unidos e decidi ir para as Olimpíadas. O programa de treinamento de oito anos, cinco horas por dia, seis dias por semana, afiou meus chutes, desenvolveu meus músculos, minha coordenação e meus socos a um nível internacional.
Este foi o treinamento: 50 rapazes começariam uma sessão de 48 horas; desses apenas um punhado terminaria a sessão. Fazíamos duas horas de trabalho para uma de descanso durante 48 horas. No período de duas horas, dávamos uns 10.000 socos, gritando o tempo todo, ou nos agachávamos com as pessoas de pé nas nossas costas. As pessoas caiam no chão chorando.
Enquanto estava matriculado na Universidade de Vermont, competia todos os fins de semana nos maiores torneios, ganhando todos os concursos de Caratê da América. Eu era o melhor faixa preta peso pesado do leste dos Estados Unidos - saindo campeão de disputas de pesos pesados e terminando primeiro nos campeonatos do Atlântico Médio, Atlântico Leste, Nova Inglaterra, Connecticut, New Hampshire e Vermont.
Quando estava na metade do curso, havia alcançado a perfeição nas artes marciais. Quando você chega a uma etapa destas, você se pergunta: “E depois?” Quando você trabalha para um objetivo não há tempo para pensar “E depois?”, mas uma vez que você chegou lá, há um vazio.
Foi então que desenvolvi uma sede por judaísmo. Me envolvi com Israel e com o sionismo e depois com estudos judaicos, hebraico, e história judia. Pensei que era devido aos garotos não judeus que me bateram na escola: quando você é atacado por ser judeu, você quer usar um iarmulke (chapéu). Aos poucos fui fazendo mais Mitsvot. Eu estava me dando conta que existiam outras maneiras de enxergar o mundo.
Os estudos judaicos me trouxeram duas coisas juntas: a auto-disciplina das artes marciais e o trauma do anti-semitismo que eu havia experimentado como adolescente. Levou muito tempo até eu decidir estudar judaísmo em tempo integral e com a idade de 22 anos, entrei numa ieshivá.
Seis anos depois, eu havia adquirido a habilidade para resolver as questões talmúdicas mais prestigiosas e atemorizantes: a ordenação como rabino, feita pelo Rabino chefe de Israel. Para isso estudei 600 páginas de Talmud e cerca de 40.000 leis específicas e opiniões, cobrindo uma ampla gama de leis judias.
Meus exames se estenderam pelo período de dois anos, com seis meses de estudo entre cada um - um grande desafio até mesmo para um sábio do Talmud. A lógica, a força mental e a disciplina necessários eram assustadores. Nestes dois anos me dediquei pelo menos 10 horas por dia, acordando cedo pela manhã e memorizando passagens complicadas, adormecendo de noite na sinagoga, com um livro na mão. Foi a experiência mais exaustiva da minha vida.
Era preciso conhecer as regras dos Ashquenazim e dos Sefaradim bem como uma miríade de sub-tópicos e de costumes. Há duas partes nos estudos da ieshivá: primeiro, entender o que significa a lei e segundo, recordar as distintas opiniões dos sábios que passaram um pente fino nas leis.
Você precisa aprender a aplicação prática de cada lei e deve conhecer o seu desenvolvimento - desde um versículo da Torá até a última discordância da Mishna, discutida no Talmud. Existem legislações precoces e opiniões posteriores incorporadas ao Shulchan Aruch. E há discussões e legislação ainda mais tardias. Você passa por uma cadeia completa de idéias, de volta ao versículo original. E tudo isso para uma lei específica, e tudo deve estar guardado na sua cabeça.
Quando você estudo este material pela primeira vez, você pensa: “Como poderei alguma vez lidar com isso?” Você não pode se aprofundar sempre conhecendo algo deste material. Mas depois de alguns meses de trabalho, você domina um campo de realização mental totalmente novo.
Quando fiz as provas para ser ordenado, recebi as notas mais altas possíveis em várias áreas, passando por cima de centenas de outros estudantes, a maioria dos quais havia estado estudando desde criança.
Na base de tudo, apenas três coisas devem ser lembradas:
primeiro, que há no mundo seres humanos;
segundo, que existe o Todo Poderoso, Que criou o mundo; e
terceiro, que somos afortunados porque o Todo Poderoso nos deu um veículo - a Torá - através do qual nos permite uma conexão com Ele.
I – BETY T.
Entrevista de Kol Hamoshiach com Bety T., dona de casa, formada em medicina, não exerce a profissão, 33 anos, moradora do Rio de Janeiro.
KH: Bety, você que é uma moça judia, porque está com tanta angústia e depressão?
BT: Sou casada. Graças a D’us tenho um bom marido e bons filhos pequenos. Sempre tive tudo o que quis, estudei, me formei, casei e tive filhos. Não sei porque mas não me sinto bem.
KH: Porque não se sente bem, Bety? Afinal você tem, como diz, profissão, marido e filhos.
BT: Sabe, sinto que minha vida não tem rumo. Só tenho obrigações, stress constante. Só penso em pagar contas, levar os filhos para a escola, o curso de inglês, a natação, o balê! E arrumar a casa, lavar roupa, organizar tudo ... Afinal para que tudo isso? Não seria melhor ser uma mãe solteira e ter apenas a satisfação das minhas necessidades, sem nenhuma obrigação a mais? Penso muito sobre isso, mas não sei...
KH: Porque você nunca procurou informações dentro do judaísmo para entender o verdadeiro significado do casamento, para saber o que o judaísmo tem a dizer sobre a família, a coisa mais elevada a que o ser humano pode almejar. Você já ouviu dizer que alguém que não é casado não está completo?
BT: Realmente ouvi algo assim mas acho que é apenas uma metáfora. No ambiente em que vivemos, no final do século, isso não tem cabimento. Aliás eu nunca fui incentivada pelos meus pais, nem na escola a me informar sobre o que é judaísmo. Então deixei tudo para lá..
KH: Infelizmente você não foi estimulada no passado mas agora você tem a oportunidade de procurar entender tudo sobre o Judeu Completo, o casamento e esclarecer as dúvidas que você tem para encontrar o seu rumo e ser feliz. Procura o Rabinato do Rio de Janeiro, à Rua Pompeu Loureiro 40, casa.
BT: Obrigada, tentarei.
II – ALBERTO M.
Entrevista de Kol Hamoshiach com Alberto M., de 25 anos de idade, estudante universitário, morador do Rio de Janeiro.
KH: Alberto, você tem nome judeu?
AM: Bem, tenho. Mas para mim isso não significa nada.
KH: Como não significa nada? Afinal de contas vemos entre o povo judeu a transmissão do nome judaico.
AM: É. Mas meus pais, os professores e os amigos sempre me chamaram em português. Nunca, na minha educação, ninguém enfatizou o nome judaico. Então ficou assim mesmo.
KH: Então como você sabe que tem um nome judaico? O judaísmo nunca despertou nenhuma curiosidade em você?
AM: Esporadicamente uma dúvida aqui ou ali. Mas nunca procurei me informar.
KH: Porque não vai ao Rabinato do Rio de Janeiro para satisfazer a sua curiosidade?
(Fica na Rua Pompeu Loureiro 40, casa).
III -
Entrevista de Kol Hamoshiach com Helena B., 26 anos, psicóloga no início da carreira, moradora do Rio de Janeiro.
KH: Helena, você já procurou saber o que é a psicologia judaica?
HB: Já tive curiosidade e vontade de perguntar. Mas não encontrei ninguém que pudesse me explicar.
KH: Numa comunidade tão grande como a do Rio de Janeiro você não encontrou alguém que te explicasse?
HB: Sim. Percebi muita insensibilidade ao judaísmo por parte dos pais e professores das escolas e nas sinagogas. Acabei me desinteressando completamente.
KH: Porque você não procura o Rabinato do Rio de Janeiro e tenta se informar sobre o que é a psicologia judaica?
HB: Boa idéia. Onde fica?
KH: Pompeu Loureiro 40, casa.
IV -
Entrevista de Kol Hamoshiach com Alice W., 30 anos, educadora, moradora do Rio de Janeiro.
KH: Você tem interesse no judaísmo, Alice?
AW: Na verdade não, não tenho.
KH: Porque?
AW: Olha, primeiro na casa dos meus pais e depois na escola, fui educada para dar prioridade às coisas seculares, ao estudo, aos afazeres, conceitos do dia a dia.
KH: Nunca passou pela tua cabeça que essa educação não é nada? Você sabe que o judaísmo tem uma bagagem de séculos e séculos de cultura. Será que isso nunca despertou a tua curiosidade?
AW: Alguma vez sim. Mas sempre fui incentivada a não prosseguir na procura do judaísmo.
KH: Você que agora tem a oportunidade de obter respostas e de saber mais sobre judaísmo?
AW: Onde?
KH: Procura o Rabinato do Rio de Janeiro, à Rua Pompeu Loureiro 40, casa.
V – JOÃO P.
Entrevista de Kol Hamoshiach com João P., Psicólogo profissional, 35 anos, morador do Rio de Janeiro.
KH: Você sabe, João, que existem 2 questionamento fundamentais na psicologia, de cuja resposta depende o tratamento:
a) a noção de ser humano normal e anormal
b) o conceito de parcialidade
Como definir normal e anormal? São conceitos tão relativos porém importantíssimos para delinear a cura de um paciente.
Todo ser humano é por natureza parcial. Como lidar com a própria parcialidade no ato terapêutico?
Qual a sua posição com respeito a isso?
JP: Vocês têm razão. Estes são princípios dos mais perturbadores no mundo do psicólogo e são realmente muito difíceis de resolver.
KH: Você já procurou uma resposta a esses interrogantes dentro do judaísmo?
JP: Na verdade não.
KH: Porque?
JP: Sempre me ensinaram que judaísmo é uma coisa antiquada, arcaica, “quadrada”.
KH: Pelo contrário, o judaísmo é muito atual e tem como elucidar essas dúvidas. Se você quiser ter essa informação, pode ir ao Rabinato do rio de Janeiro, à Rua Pompeu Loureiro, 40, casa.
JP: Obrigada. Na oportunidade irei.
VI – Entrevista de Kol Hamoshiach com Gilda O., 30 anos, moradora do Rio de Janeiro.
KH: Qual é a sua profissão, Gilda?
GO: Estudei artes plásticas. Trabalho por meu próprio prazer e satisfação.
KH: Satisfazer o que?
GO: Meu ego, em primeiro lugar. Também para ganhar a vida, viver melhor, me realizar profissionalmente expressando pela arte o que tem dentro de mim.
KH: Mas porque você não quer expressar o seu ser judeu e se sentir realizada como judia?
GO: Francamente! Estudei 10 anos numa escola judaica que não quero citar para não ofender ninguém. Sai como entrei, ou pior, porque fiquei revoltada contra o judaísmo. Era uma escola muito cara mas as pessoas não me deram nada em retorno. Não vi nenhum conteúdo. Era tudo hipócrita. O judaísmo era usado como fachada e se fechavam os olhos quando se tratava dos seus interesses.
KH: Não acha que está indo muito longe com essa resposta?
GO: De jeito nenhum. As pessoas são muito difíceis. Aliás, o que quer dizer ser judeu?
KH: Mas você não sabe que é judia? Isso não desperta sua curiosidade? O fato de existirem judeus no mundo não pode ser negado.
GO: É verdade que existem judeus, mas com todas essas coisas negativas que vi na escola, abandonei tudo e hoje nada disso me interessa. Fiquei muito desapontada, decepcionada.
KH: Se você encontrasse um lugar sério, você tentaria conhecer algo sobre judaísmo?
GO: Acho que sim. Mas no momento, até onde sei, não tem ninguém que faça isso, olha que não quero ofender ninguém.
KH: Se lhe der um endereço, você vai procurar?
GO: Estou me sentindo pressionada. Não quero saber disso.
KH: Mas se você souber, vai despertar o seu interesse?
GO: Talvez.
KH: Você já viu que existe o Rabinato do Rio, na Pompeu Loureiro 40?
GO: Não ouvi.
KH: Talvez por não ter ouvido falar, pode interessar você. É sério. Você sabe que quanto mais vazia de moedas está uma caixa, mais barulho faz? É o povo que é sério.
GO: Devo acreditar em você?
bottom of page