C0M0 CELEBRAR HANUKA
O QUE É HANUCÁ?
A história de Hanucá aconteceu no período que seguiu a morte de Alexandre o Grande, 208 anos depois da construção do Segundo Templo de Jerusalém, no séc II A.C (ano 138 A.C). Antiocus IV da Síria, rei da Grécia, governava Israel. Ele obrigou os Judeus a se tornarem gregos (helenizar) e para isso ele proibiu que os judeus acreditassem em D´us e respeitassem as leis da Torá, impondo práticas idólatras do paganismo grego. Milhares de soldados o apoiavam. O ponto culminante desse acontecimento foi atingido quando Antiocus proibiu, sob pena de morte, a circuncisão, o respeito do Shabat, a imersão ritual e o estudo da Torá. A pior violação foi a conversão do Templo Sagrado em santuário pagão, a introdução de um ídolo no Templo e a profanação de tudo o que era puro e sagrado.
Mas os judeus resistiram. Reuniram-se sob a bandeira de uma família judia fiel aos preceitos da Torá, os Hashmonaim, decididos a combater a opressão greco-síria. Apesar de poucos, os valorosos combatentes judeus, os Macabim se empenharam num combate sem trevas para expulsar o inimigo. Mesmo contra exércitos imensos, eles levaram a vitória contra os gregos milagrosamente no dia 25 do mês de Kislev do calendário hebraico. Os greco-sírios fugiram e Jerusalém foi libertada. O Templo que os ritos pagãos do invasor haviam saqueado e profanado, foi purificado e re-inaugurado. Logo em seguida o candelabro que simboliza a Presença Divina e a luz espiritual, foi reaceso com azeite de oliva puro, encontrado no Templo. E o segundo milagre aconteceu: o óleo, apenas suficiente para alimentar o candelabro (Menorá) durante um dia, queimou durante oito dias, o tempo necessário para preparar um novo óleo puro e específico para o candelabro.
Resumo conciso:
A festa de Hanucá lembra como o povo judeu, durante o período do Segundo Templo (séc II A.C.) teve que lutar amargamente contra o inimigo grego. Os gregos não só atacaram os judeus fisicamente como também atacaram espiritualmente; eles os obrigaram a esquecer a Torá e impediram que eles respeitassem seus preceitos. Eles queriam que os judeus se tornassem gregos e se convertessem ao paganismo. Os judeus eram pouco numerosos e muito mais fracos que os poderosos exércitos gregos, mas eles se juntaram e se defenderam corajosamente.
Nesta guerra física e espiritual contra o poderoso exército grego, os judeus foram beneficiados com dois milagres:
1) A vitória milagrosa contra o inimigo: o exército judeu conseguiu vencer o inimigo, embora fosse minúsculo em comparação ao exército grego.
Hanucá celebra a derrota "dos poderosos nas mãos dos fracos, de um grande número nas mãos de um pequeno número ... e dos maus nas mãos dos justos".
2) O milagre do pote de óleo: a quantidade de óleo necessária para um dia durou oito dias. Logo depois da vitória contra os gregos, os judeus reintegraram o Templo Sagrado que foi massacrado e completamente profanado pelos gregos. Para a reinauguração do Templo era preciso, em primeiro lugar, reacender as lamparinas do candelabro do Templo. Quando os judeus foram acender o candelabro (Menorá) eles descobriram que os gregos tornaram todo o óleo do Templo Sagrado impuro. Um menino encontrou um pote de óleo que não tinha sido aberto e assim profanado, mas era uma quantidade suficiente para um dia apenas. Entretanto, aconteceu um milagre, e o pote de óleo suficiente para apenas um dia durou oito dias.
PAUTA SOBRE HANUCÁ
O QUE CELEBRAMOS EM HANUCA
Durante Hanuká celebramos a superioridade do espiritual sobre o material.
Celebramos a vitória da luz sobre a escuridão, do pequeno sobre o grande, do fraco sobre o poderoso.
HANUCÁ
Hanucá significa em hebraico re-inauguração, re-consagração.
Depois da vitória sobre os gregos, os judeus re-inauguraram o Templo de Jerusalém que foi totalmente profanado pelos gregos.
Hanucá significa também “eles descansaram no dia 25” (em hebraico, hanu –descansar- cá – 25-). Os judeus venceram o poderoso exército grego no dia 25 do mês de Kislev do ano 138 A.C.
Hanucá significa também em hebraico educação pois a festa de Hanuká transmite a mensagem de que tem que ser forte nos seus preceitos para a educação das crianças.
OS HERÓIS DA HISTÓRIA DE HANUCÁ
Eram os Macabi (os macabeus). A palavra Macabi é formada pelas iniciais da frase hebraica: “Mi Canoha Ba- elim A- do-nai”, o que significa: “quem é poderoso como Você, D´us?” Esta frase estava escrita na bandeira dos judeus que fizeram a guerra contra os greco-sírios.
O CANDELABRO
O candelabro de Hanucá é composto por nove braços: oito lamparinas e uma lamparina superior para acender as outras. As chamas das lamparinas do candelabro simbolizam a luz espiritual da Torá e a presença divina.
O ÓLEO ESPECIAL DAS LAMPARINAS DO CANDELABRO
Para acender as lamparinas do candelabro, eram reservados exclusivamente para este uso, potes de óleo de azeite puro lacrados com selo do sumo sacerdote. Os gregos sabiam da importância do óleo como representante da força espiritual dos judeus; então antes mesmo de começar a guerra, os gregos abriram propositalmente todos os potes de óleo, tornando-os impuros e impróprios para o acendimento do candelabro, e assim enfraquecendo espiritualmente os judeus.
HANUCÁ DURA OITO DIAS
Os oito dias de Hanucá são relacionados ao milagre do pote de óleo: a quantidade de óleo necessária para um dia durou oito dias. Logo depois da vitória contra os gregos, os judeus reintegraram o Templo Sagrado que foi massacrado e completamente profanado pelos gregos. Para a re-inauguração do Templo era preciso, em primeiro lugar, reacender as lamparinas do candelabro do Templo. Quando os judeus foram acender o candelabro (Menorá) eles descobriram que os gregos tornaram todo o óleo do Templo Sagrado impuro. Um menino encontrou um pote de óleo que não tinha sido aberto e assim profanado, mas era uma quantidade suficiente para um dia apenas. Entretanto, aconteceu um milagre, e o pote de óleo suficiente para apenas um dia durou oito dias.
SIGNIFICADO DO NÚMERO OITO
A numerologia judaica nos ensina que o número oito representa o milagre, porque o milagre transcende as leis da natureza. O número sete corresponde ao ciclo normal da natureza (os sete dias da criação, os sete dias da semana). O número oito está além deste ciclo, é o milagre.
ACRESCENTAR UMA VELA CADA NOITE
Hanucá é a festa das luzes e cada noite precisamos acrescentar uma chama: no primeiro dia deve-se acender uma vela, no segundo dia acendemos duas velas e assim por diante até o último dia, quando as oito velas deverão estar acesas. Isso mostra que por mais satisfatório que seja hoje o nosso nível, é sempre preciso acrescentar esforços e progredir.
ACENDER AS VELAS DURANTE A NOITE
A noite representa a escuridão e a confusão presentes no mundo. Apesar das dificuldades alheias não devemos nos desencorajar. A mensagem de Hanucá é: “uma pequena luz pode afastar as trevas”.
ACENDER AS VELAS PERTO DAS JANELAS OU DAS MEZUZOT (os pergaminhos com escritas da Torá colocados na verga de cada porta)
É preciso acender as luzes de Hanucá de tal modo que elas sejam visíveis do exterior por duas razões: 1) precisamos espalhar os milagres de Hanucá pelo mundo todo. 2) Demonstramos que não basta iluminar sua própria pessoa e sua própria casa. É também uma obrigação iluminar o exterior, os outros.
O acendimento das velas de Hanucá é transmitido ao vivo por satélite em várias metrópoles do mundo.
O QUÊ REPRESENTA O ÓLEO
A festa de Hanucá comemora o milagre do óleo.
O óleo representa em termos de Kabala “o segredo dos segredos”, a parte oculta e profunda da Torá e a essência da alma da pessoa. A chama representa a força espiritual.
OS SONHOS FRITOS DE HANUCÁ
Em razão da festa das luzes de Hanucá, tudo tem a ver com o óleo. Celebramos esta festa com sonhos e quitutes fritos no óleo justamente porque o óleo nos remete ao milagre de Hanucá.
BOLINHOS FRITOS DE BATATA: LATKES
É um quitute tradicional e típico da culinária judaica do centro e do leste Europeu. São chamados de Latkes.
Também comemos aves muito gordurosas como ganso ou galinha, e usamos a gordura do ganso para fazer pratos e para acompanhar os Latkes.
COMEMOS PANQUECAS DE QUEIJO E LACTICÍNIOS
Esta tradição nos remete a história de Judith. Segundo as Escritas da Torá, Judith era a filha de um dos Hasmonaim. Ela alimentou com queijo Holoferne, o general do exército de Nabucodonosor, inimigo abominável de longa data do povo judeu. Ela lhe deu tanto queijo que ele ficou com muita sede e bebeu tanto vinho que ficou bêbado e foi decapitado por Judith!
O PIÃO
Em idish “dreidel”. È um pião com quatro faces com uma letra hebraica diferente inscrita sobre cada face. A palavra dreidel vem da palavra alemã “drehen” que significa rodar. O dreidel é como um jogo de dados.
O estudo da Torá era proibido aos judeus pelos gregos sob pena de morte.
Apesar de tudo, as crianças persistiam em estudar. No momento que se notava a chegada das patrulhas gregas, as crianças escondiam seus livros e brincavam com o pião.
Em cada uma das quatro faces do pião, estava escrito uma letra hebraica diferente. As letras eram as iniciais da frase:
“Um grande milagre aconteceu lá.”