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2 de Nissan

2 de Nissan é o Iartseit do Rabi Sholom Dov-Ber (5860-1920), conhecido como o ‘Rebe Rashab’, o quinto líder de Chabad-Lubavitch. O Rebe Rashab deixou este mundo na saída do Shabat Vaicrá, véspera de domingo 2 de Nissan, às três horas e meia da manhã, na cidade de Rostov.O Rabi Dov Ber Rivkin descreveu extensamente o seu decesso. Ele se encontrava freqüentemente na casa do Rabi Rashab e teve o mérito de servi-lo nas suas últimas horas. Ele escreveu em “Eshcavta de Rabi”: “Na véspera do Shabat Parashat Vaicrá, às dezessete horas, entrei no quarto do Rabi e vi que seu rosto havia mudado totalmente, que tinha ficado muito sombrio, literalmente inflamado. Seus olhos estavam salientes. Os médicos se encontravam à sua volta e faziam o que estava em seu poder e no da medicina para aliviá-lo. Seguravam sua mão para tomar o pulso. Não nos informaram da gravidade da situação mas já sabiam que, pelas vias naturais, não havia mais esperança.Pela noite, todos os Chassidim se reuniram no quarto que servia de local de oração e leram Tehilim. Imploraram a misericórdia divina, soluçando. Na noite do Shabat, o médico Landau disse a alguns Chassidim que, pela maneira natural, não havia mais nada a esperar. Ele achou que precisava prevenir seu filho, o Rabi Raiats, que poderia ter alguma pergunta a fazer ao seu pai.Quando o médico Landau explicou a situação ao Rabi Raiats, este teve dificuldade em aceitar. Ele sabia que seu estado era grave, mas não imaginava que se encontrava neste extremo. Na saída do Shabat, em torno das vinte e duas horas, o Rabi Raiats estava perto da cama do pai, quando o Rabi Rashab se dirigiu a ele com voz clara:“Estou partindo para o céu, mas deixo-lhe meus manuscritos. Conduzam-me à sala e ficaremos juntos.”O Rabi Raiats, ao ouvir estas palavras, ficou espantado. O Rabi Rashab, ao constatá-lo, disse:“Uma reação emocional? Precisa reagir com o intelecto! Com seu intelecto!” Ele foi imediatamente transportado, deitado na sua cama, para a grande sala, aquela onde ele havia estudado a Torá e servido a D’us, aquela desde a qual ele havia difundido sua intensa luz no mundo inteiro. Sua cama foi colocada perto do muro leste. Os médicos não o abandonavam e a cada dez minutos, lhe davam várias injeções.Os Chassidim se reuniram e multiplicaram as orações e as súplicas, e verteram terríveis lágrimas para que D’us prolongue a vida do Rabi. Acrescentou-se também ao seu nome, Chaim. Os Chassidim constituíram um tribunal de três juizes, diante do qual cada um podia oferecer uma parte da sua vida, fazendo-o adquirir assim, de maneira efetiva, um certo número de anos. Cada um lhe ofereceu seis meses. A Rabanit Shterna Sara se apresentou ela própria diante do tribunal e quis oferecer dez anos da sua vida mas o tribunal recusou aceitar mais de dois anos dela.Ao redor das duas horas da manhã, o Rabi Raiats, que estava perto da cama do pai, levantou-se. Imediatamente o Rabi Rashab mexeu o braço e os lábios murmuraram. O Rabi Raiats entendeu que ele queria abençoá-lo e ele abaixou a cabeça para que ele possa pousar as mãos sobre ela. Depois, ele abençoou também as filhas do Rabi Raiats. Ficou claro que suas forças o abandonavam. Ele mantinha os olhos fechados e sua respiração enfraquecia a ponto de interromper-se. O Rabi Raiats exclamou: “Pai! Pai!” Todos os presentes sentiram que o coração se rasgava. Isso aconteceu várias vezes seguidas. Na última vez, o Rabi Rashab parou de respirar e o Raiats gritou ainda:“Pai! Pai!” O Rabi Rashab abriu os olhos e olhou para ele. Caíram lágrimas dos seus olhos, logo, imediatamente, fechou novamente os olhos. Sua respiração ia enfraquecendo cada vez mais. Um instante mais tarde, seu rosto se contraiu e ele parou de respirar. Todos os Chassidim presentes, gritaram, com terríveis soluços: “Shema Israel ...”Os médicos colocaram uma pena diante das suas narinas e os gritos redobraram. Seu rosto foi coberto. Sua alma ascendeu para os céus, na pureza e na santidade. Aqueles que ficaram estavam chorosos.Todos os judeus de Rostov participaram do enterro, que ocorreu no velho cemitério da cidade. Em 5700-1940, as autoridades quiseram destrui-lo e seu túmulo foi então transferido para o novo cemitério.

2 de Nissan
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