7. Paradoxo do Pobre
B’SD
FAÍSCAS DE MASHIACH
O PARADOXO DO POBRE
Um versículo dos Salmos ensina: “Oração do pobre...e diante de D’us, ele vai derramar sua declaração”.
O Baal Shem Tov explica com respeito a isso que a oração do pobre possui uma qualidade particular:
na difícil situação do pobre, que lhe “quebra o coração”, sua oração se encontra “diante de D’us”.
A partir disso, ela é melhor entendida.
Além do mais, o prazer que ele vai ter por ver seu pedido atendido será muito maior, já que ele passou por graves dificuldades no passado.
Acontece o mesmo espiritualmente: será graças àqueles que estão afastados da tradição judaica, os “pobres”, que Mashiach se revelará com força ainda maior. Quando um judeu que se esforça para cumprir da melhor maneira possível a Torá e as Mitsvot pede a revelação divina, ele o faz para que sua prática se torne ainda melhor, mais rica e com mais sentido. Por outro lado, o “pobre”, no sentido espiritual, não se detêm em tais níveis, que ele ignora. É “diante de D’us” que ele quer dizer sua oração; é Sua essência que ele reclama.
Os judeus praticantes estariam, então, dentro desta perspectiva, obrigatoriamente limitados?
O Rebe indica a resposta: ao se considerarem eles mesmos “pobres”, isto é ao tomarem consciência da sua pequenez “diante de D’us”, eles alcançam o grau necessário, realizando assim o receptáculo necessário para a maior revelação de Mashiach.