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1. Vaikra


BS’D

Kol Hamoshiach

PARASHAT VAICRA

Conteúdo da Parashá:

Þ  Hashem chama Moshé na presença da nação inteira.

Þ  Como se oferecia um Sacrifício/Corban.

Þ  A oferenda de um pássaro.

Þ  Uma visão do sentido profundo dos sacrifícios.

Þ  As espécies próprias para serem oferecidas como sacrifício.

Þ  Quem pode oferecer um sacrifício/corban.

Þ  A oferenda de Minchá.

Þ  Shlamim/O sacrifício de shlamim.

Þ  Chatat/O sacrifício de chatat.

Þ  Três tipos particulares de sacrifícios de chatat.

Þ  Corban olé veiored /A oferenda variável.

Þ  Asham/A oferenda de culpabilidade.

Þ  Asham talui/A oferenda por um pecado incerto.

Þ  A mitsvá de salgar qualquer Corban.

Þ  A mitsvá de devolver um objeto roubado.

Þ  Resumo dos corbanot.

Þ  Critérios de acordo com os quais um animal é adequado para os sacrifícios.

Þ  Emurim/As partes dos sacrifícios queimadas sobre o Altar.

Þ  Vearev L’Hashem minchat Iehuda Vierushalaim quimé olam uqueshanim cadmoniot.

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“E Ele chamou”

Não está escrito: e D’us chamou mas somente: “Ele chamou”. Isto aconteceu porque o chamado divino que se dirigiu a Moshé veio do nível de D’us que se situa acima dos nomes, acima dos atributos, além de todas as definições possíveis.

Este chamado de D’us ressoa mais cedo ou mais tarde na vida de cada um de nós. Portanto, não tampemos os ouvidos quando chegar nossa hora. É preciso abrir-se para o chamado divino, aproveitando essas inspirações súbitas, muitas vezes inesperadas, e introduzindo-as na estrutura do cotidiano.

* * *

Com esta Parashá começa o terceiro livro da Torá, que é consagrado aos sacrifícios. A parashá descreve quando, de que maneira e para reparar que pecado devia se oferecer um sacrifício ou, em forma geral, trazer uma oferenda.

Aprendemos na Parashá: “Ele devolverá a coisa roubada ... e ele lhe acrescentará um quinto”, “...que ele tinha jurado de maneira mentirosa...”

Isto quer dizer que aquele que roubou alguma coisa que pertence ao seu próximo e jurou que não tem culpa e depois acabou reconhecendo que foi ele mesmo que roubou, deve devolver o objeto acrescentando um quinto do seu valor. Por exemplo, se ele roubou 100 reais, deve devolver 125.

Com respeito a isso, um dos comentarista, o Cli Iacar, explica:

Devolver o objeto apenas, ou o valor roubado, não basta. É preciso acrescentar um quinto do seu valor para compensar o dano causado ao seu proprietário. De fato, este poderia ter tido, por exemplo, benefícios com o dinheiro em questão, se ele não tivesse sido roubado.

E também, quando o dinheiro lhe é restituído, precisa reembolsá-lo por todo o sofrimento que o roubo lhe causou e portanto acrescentar um quinto, representa o valor que o roubo lhe impediu ganhar.

O mesmo ensinamento se aplica àquele que provoca um outro dano ou que envergonha o seu próximo. Lamentar-se do erro cometido não basta. Precisa consolá-lo por todo o sofrimento causado por este ato.

O Ietser Hará, a inclinação para o mal, poderia dizer: “está tudo decidido por D’us! Se provoquei um dano ao próximo ou se o envergonhei, é porque D’us quis assim. Não preciso, portanto, pedir perdão!”

Mas o contrário é a verdade! Precisa, claro, lamentar-se do erro cometido, pedir perdão, mas isto ainda não é suficiente! Precisa se esforçar, por todas as maneiras possíveis, fazer esquecer ao próximo o sofrimento a ele causado, como o ladrão que, com a mesma finalidade, deve acrescentar um quinto do valor da coisa roubada quando ele a restitui.

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HAIOM IOM

DOMINGO 24 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Rishon de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 113 a 118

Tania:

(Segunda-feira, 24 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

Rabi Hilel de Paritch perguntou ao Admor Haemtsaí se ele deveria repetir as explicações de Chassidut também nas pequenas aldeias, onde os habitantes não tinham nenhuma noção destes conceitos. O Rebe lhe respondeu:

“A alma percebe as palavras da Chassidut. O versículo (Shir Hashirim 4, 15) constata que “eles escorrem do Líbano”. O Líbano, Levanon, se decompõe em Lev (cujo valor numérico é 32, aludindo às 32 vias de Chochma) e Nun (50, que designa as 50 portas de Bina). Este termo designa portanto Chochma e Bina, os dois atributos intelectuais da alma.

Quando uma alma percebe, ela ocasiona uma nuvem de gotículas que se introduzem na parte desta alma encarregada de vivificar o corpo. Pode-se assim reforçar os Preceitos “faça o bem” pelo cumprimento dos 248 Mandamentos positivos e “afaste-se do mal” pelas 365 Interdições.

(Apenas uma pequena parte da alma se introduz no corpo para fazê-lo viver. Por isso, aquele que ouve explicações profundas de Chassidut e não percebe o sentido das mesmas, pode, apesar disso, ser afetado pelas mesmas por meio das forças que a parte da sua alma que não está no seu corpo possui.)

(Quarta-feira, 24 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

Ao dizer “Ana Becoach” (Sidur p. 22), é preciso ver ou representar-se com o pensamento, os nomes formados pelas iniciais (das palavras) mas sem pronunciá-las.

(Isso é válido também para o “Ana Becoach” que se diz no Shema Israel do anoitecer, quando se recebe o Shabat ou na leitura da contagem do Omer.

SEGUNDA 25 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Sheni de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 119, versículos 1 a 96

Tania:

(Terça-feira, 25 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

Hoshienu” (Sidur p.76) que segue ao “Cântico do dia” se diz durante a semana, no Shabat, nas festas, em Rosh Hashana e em Iom Quipur.

(Observamos que este dia é o da criação do mundo, de acordo com a opinião que considera que o homem foi criada no dia 1º de Nissan. Foi portanto nesta data que o “Cântico do dia” recebeu todo seu significado, estabelecendo o que foi criado durante cada um dos seis dias da criação.)

(Quinta-feira, 25 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

O Chassid, Rabino Mordechai de Horodoc, contou:

“A primeira metáfora que ouvimos do Admor Hazaquen, quando chegamos a Liozna, foi: “Aquilo que é proibido é proibido e o que é permitido é inútil”.

Investimos nossos esforços neste sentido durante três ou quatro anos, até integrar este princípio nos diferentes aspectos da nossa vida. Foi só depois disso que fomos recebidos pelo Rebe para perguntar-lhe como servir a D’us.”

(Foi nesta data que nasceu em 5661 (1901) a Rabanit Chaia Mushca, a filha do Rebe Iossef Itschac, o Rebe precedente e a esposa do Rebe Shlita).

TERÇA 26 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shelishi de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 119, versículos 97 ao final

Tania:

(Quarta-feira, 26 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

É com três instrumentos do serviço divino, o amor a D’us, o amor à Torá e o amor a Israel, que os jovens que se consagram ao estudo da Torá devem se apresentar para assumirem a missão que lhes é confiada na vinha do Eterno, D’us dos exércitos celestiais.

Esta missão consiste em aproximar os corações dos seus irmãos do cumprimento dos Preceitos materiais permitindo-lhes fixar um tempo para o estudo. Eles se consagraram a essas tarefas sem tomar em conta a dor que provoca o antagonismo entre as diferentes facções.

A verdade incontornável é que o coração judeu é uma fonte de água viva. Uma “aliança” foi concluída com o trabalho e o esforço: eles nunca se revelam inúteis.

(Ver com respeito a isso o dia 12 de Tishrei.)

(Sexta-feira, 26 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

Tudo que é sagrado para o povo do D’us de Avraham, o que é fundamental para a Casa de Israel, dar nascimento a uma geração direita e formá-la, comer casher, respeitar a pureza e a santidade do Shabat, foi dado por nosso D’us, poderoso e temível, às mulheres judias, para que guardem estes princípios e os respeitem.

À mulher que cumpre o seu dever e preenche o seu papel na vida familiar, que assume a condução da casa e uma educação de acordo com a Torá, se aplicam os termos do versículo (Mishlé 14,1) “A sabedoria da mulher constrói a sua casa”.

QUARTA 27 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Revií de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 120 a 134

Tania:

(Quinta-feira, 27 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

Meu pai (O Rebe Rashab) disse:

“A verdade é o caminho do meio. Afastar-se para a direita para ser muito severo com respeito a si mesmo, encontrar-se defeitos ou faltas que não correspondem à realidade, ou afastar-se para a esquerda para ser indulgente demais, esconder os próprios defeitos, considerar o serviço de D’us com leviandade por amor a si mesmo, são dois caminhos, um tão errado quanto o outro.”

(Shabat, 27 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

Parashat Hachodesh

·  Se faz a bênção de Rosh Chodesh Nissan

·  Se lêem todos os Tehilim pela manhã

·  Dia de Farbrenguen

·  Haftara Co amar ....Olat Tamid

Este é um extrato de um discurso do meu pai (o Rebe Rashab):

“O erro dos filhos de Aharon foi o seguinte: ‘ao se aproximarem de D’us, morreram’. Eles tiveram uma elevação sem se reintegrarem ao mundo. Para se apresentar diante de D’us, é preciso purificar-se anteriormente, ser puro e claro. A proximidade que resulta desta medida deve afetar a ação concreta. Quanto mais alto se está, maior a suscetibilidade de descer bem baixo. Elevar-se sem integrar o mundo leva à morte.

Foi com respeito a isso que se deu a Moshé o mandamento divino (Vaicra 16,2) de falar a Aharon. Aharon é o anagrama de  Niré, visível. Entre as forças da alma, este termo corresponde ao intelecto.

Desse modo, Moshé indicou que para se aproximar do domínio sagrado, ‘do interior da Tenda da Arca Santa’, expressão que designa o estágio que precede o Tsimtsum, deve se saber que acima do Aron (A Arca Santa), constituída pelas mesmas letras que Nirá, termo que designa o intelecto, encontra-se uma tampa cuja finalidade é velar. Este é o sentido da expressão ‘a cara oculta da tampa’.

Consequentemente, ‘ele não morrerá’, não nos contentaremos apenas com a elevação, sem a posterior reintegração ao mundo. Porque ‘é na nuvem que Eu aparecerei, sobre a tampa da Arca Santa’. A finalidade do primeiro Tsimtsum é a própria revelação.

A expressão que introduz esta passagem é ‘ele não entrará’, que alude à submissão total. É preciso aplicar o que a Chassidut pede e não o que dita a lógica. Deste modo, ‘Ele se aproximará do domínio do sagrado’.”

QUINTA 28 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Chamishi de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 135 a 139

Tania:

(Sexta-feira, 28 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

No Shema Israel antes de ir para a cama (Sidur p.118):

§  “                         “ (Mestre do mundo) e “Lamenatseach” (Para o Condutor) não se dizem durante o Shabat e no Iom Tov (Sidur p.122). Mas devem ser ditos nos outros dias, mesmo se o Tachanun não é proferido.

§  No final dos três parágrafos do Shema (Sidur p. 120) se diz “Emet” (verdadeiro).

§  “Ialozu Chasidim”, “que se regozijem os que são virtuosos”, só é dito uma vez.  “Hiné Mitató” (esta é a sua cama) e “Ievarechechá”(que Ele te abençoe) são proferidos três vezes.

§  No Ticun Chatsot (oração que se diz no meio da noite), não se diz Lamenatseach quando se omite o Tachanun.

(Domingo, 28 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

§  Dizemos o “harachaman” durante uma circuncisão (Sidur p.95).

(Extrato de uma explicação dada durante uma refeição que se seguiu a uma circuncisão:)

“Durante a circuncisão, dizemos: ‘da mesma maneira que ele entrou na aliança, ele entrará na Torá, no pálio nupcial e nas boas ações’ (sidur p. 141). Nosso costume consiste em dar neste dia uma adiantamento sobre as despesas de escolaridade da criança.

(O Rebe deu então uma certo valor e disse:)

‘Isso é para a Ieshiva’.”

SEXTA 29 Adar

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shishi de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 140 a 150

Tania:

(Shabat, 29 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, de 5703)

Parashat Shecalim

§  Haftará “                                           .” Diz-se também o primeiro e o último versículo da Haftará “Machar Chodesh”.

§  Abençoa-se o Rosh Chodesh Adar Sheni.

§  Se lêem todos os Tehilim, pela manhã.

§  É um dia de Farbrenguen.

Para responder ao desejo de Lechaim, existem duas versões:

1.  “Lechaim Tovim u Leshalom”, para uma vida boa e para a paz.

A razão desta bênção é a seguinte: Quando a Torá relata pela primeira vez que alguém tomou vinho, ela indica que resultou disso conseqüências negativas, como está dito (Bereshit 9, 20) “e Noach começou” (que se traduz também por: e Noach se corrompeu, se degradou). Além do mais, a árvore do conhecimento era uma vinha. Esta é a razão pela qual se deseja que este vinho seja “para uma boa vida”.

2.  “O Maguid de Mezeritch respondia “Lechaim veLivrachá”, para a vida e para a bênção. Uma vez, durante um Farbrenguen, o Admor Hazaquen respondeu “Lechaim veLivrachá”. Na saída deste Farbrenguen, os Chassidim analisaram esta formulação, que estavam ouvindo pela primeira vez. Um deles propôs então que: “quando o vinho entra, o segredo sai”, (Eruvin 65a). Aplicado ao serviço de D’us, isto corresponde à revelação dos sentimentos. Para obtê-la, é necessária uma bênção. Se diz então “Lechaim Velivrachá”. Esta última palavra se lê também “Lev Raca”, um coração terno.

O Tsemach Tsedec fez, com respeito a isso, o seguinte comentário. Essa interpretação só pode ser dada por um Chassid que rezou e serviu a D’us durante trinta anos.

(Notar que Rabi Chaim, irmão do Maharal de Praga, e o Chatam Sofer, consideravam também que convêm dizer “Lechaim VeLivracha”.)

(Segunda-feira, 29 de Adar Sheni, no Haiom Iom Original, de 5703)

Durante um farbrenguen, meu pai (o Rebe Rashab) disse:

“D’us criou o mundo e todas as criaturas materiais a partir do nada.

Os Judeus, pelo contrário, devem transformar a matéria em nada, fazer da mesma algo espiritual. A transmutação da matéria em espírito, o fazer com que ela seja um receptáculo para a Divindade, é uma obrigação que nos incumbe a todos. Cada um em particular é compelido a isso.”

(Notar que este dia é a véspera de Rosh Chodesh Nissan, data em que, de acordo com uma opinião, o mundo foi criado. Ver sobre este mesmo assunto o 27 de Tevet e o 27 de Elul.)

(Domingo, 30 de Adar Alef, no Haiom Iom Original, 5703)

Rosh Chodesh

Meu pai (o Rabi Rashab) disse:

“Um Chassid deve criar um meio ambiente ao seu redor. Se ele não o fizer, ele precisa inspecionar meticulosamente sua bagagem e se perguntar o que corresponde fazer a ele mesmo. De fato, sua incapacidade de criar um meio ambiente ao seu redor deve quebrá-lo como um ramo. Ele deve se perguntar: “o que faço neste mundo?”.

SHABAT 01 de Nissan

Rosh Chodesh

§  Durante todo o mês, não se diz o Tachanun.

§  Depois de ter falado o Nassi (Sidur p. 368), se diz o “Iehi Ratson” (Sidur p. 368) que está impresso no Sidur Torá Or.

§  Os Leviim e os Cohanim dizem também o Nassi.

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shevií de Vaicrá com Rashi

Tehilim: 1 a 9

Tania:

(Terça-feira, 1º de Nissan, no Haiom Iom Original, de 5703)

Meu pai (o Rebe Rashab) pediu ao seu cunhado, o Rabino Moshé Horenstein, que era um Cohen, que dissesse o “Iehi Ratson” que segue o Nassi. Ele lhe explicou que um Cohen ou um Levi devem também dizê-lo pelo fato da gestação de uma alma no interior de uma outra.

(O Nassi descreve o sacrifício dos doze chefes de tribo durante os doze dias da inauguração do Santuário. O Cohen e o Levi sabem que pertencem à Tribo de Levi. Entretanto o princípio da gestação das almas tem como conseqüência que eles podem também estar ligados a outras tribos.)

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