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9. Behar

BS’D

Kol Hamoshiach

PARASHA BEHAR

Conteúdo da Parashá:

BEHAR

Þ  Shemita/O ano sabático

Þ  Iovel/O Jubileu

Þ  Onaat mamon/A proibição dos preços excessivos

Þ  Onaat devarim/A proibição de ferir um judeu com palavras

Þ  As leis de resgate das casas e das terras em Erets Israel

Þ  A obrigação de sustentar um Judeu necessitado

Þ  Proibição de dar ou tomar emprestado de um judeu com juros

Þ  Tratar bem o escravo hebreu

Þ  Even Masquit/Não prosternar-se num chão de pedra

CLALOT / AS REPREENSÕES DIVINAS

-  Como o Judeu se afasta da Torá

-  Doenças incuráveis

-  Semear em vão

-  Derrota diante dos inimigos

-  Quebrar o amor próprio dos orgulhosos dentro do povo judeu

-  Não haverá colheita por causa da seca

-  Mal proveniente dos animais

-  Estado de sítio levando à fome e à morte

-  Apogeu da Fome – Devorar os próprios filhos

-  Destruição dos Lugares-Altos. Os cadáveres dos judeus atirados sobre seus ídolos

-  O Beit Hamicdash e o país estarão devastados

-  O exílio resultante do culto aos ídolos e da negligencia da shemita

Þ  Conforto e promessa para nosso tempo

Þ  Erchin/a doação do valor de uma pessoa ao Beit Hamicdash

Þ  Leis suplementares relativas às doações a Hashem

Þ  O livro de Vaicrá também chamado de Torat Cohanim

Vehashev Cohanim leavodatam veleviim leshiram ulezemiram (mussaf shalosh regalim)

“Queira restaurar o Serviço dos cohanim e os cantos harmoniosos dos leviim!”

*****

MIDRASH

BEHAR

A obrigação de sustentar o Judeu necessitado

A Torá ordena: “E se teu irmão empobrece e chega a vacilar ao teu lado, você o sustentará, mesmo quando se trata de um guer/convertido ou de um guer toshav (um não judeu que respeita as sete leis de Noach) para que ele viva com você.”(Vaicrá 25:35)

Este versículo nos ensina que temos a obrigação de levar o sustento financeiro a um judeu ou a um guer toshav que precisa de um empréstimo ou de caridade. É uma mitsva emprestar-lhe dinheiro para começar ou realizar uma boa transação para a qual ele não tem meios.

A Torá insiste no dever de sustentá-lo antes que ele faça falência e tenha que recorrer à caridade.

Deveríamos ajudar o próximo a partir do momento em que ele começa a ter dificuldades, e antes de que elas o conduzam à ruína.

Apesar da mitsva de dar tsedaca ser mencionada explicitamente na Parashat Reé (Devarim 15:11), o Midrash se estende também aqui sobre o assunto:

“Feliz daquele que sustenta o pobre com sabedoria.” (Tehilim 41:2)

É uma arte dar caridade com sabedoria, sem fazer com que o receptor fique sem graça.

Quando R. Iona sabia que um homem rico estava falido e tinha vergonha de recorrer à caridade, ele o visitava e lhe dizia: “Tenho boas notícias para você! Fiquei sabendo que um homem que reside além do mar designou você seu herdeiro. Permita-me fazer esse empréstimo a você enquanto espera. Você o devolverá quando receber o dinheiro.”

Quando o devedor restabelecesse sua situação financeira e viesse devolver o dinheiro, R. Iona lhe dizia: “Pode guardar o dinheiro; é um presente.”

Havia no Beit Hamicdash uma peça chamada “lishcat Chashé/ A peça das doações feitas secretamente.” Os judeus que eram tementes a D’us ali depositavam suas doações; os pobres provenientes de boas famílias as recebiam anonimamente e podiam viver com elas.

Quando R. Eliezer notava um pobre andando atrás dele, deixava cair um dinar sem querer, dando a impressão de tê-lo perdido por acaso. O pobre o recolhia e se apressava em devolvê-lo. “Pode ficar com ele, dizia R. Eliezer, eu já havia renunciado a recuperá-lo.”

Quando se faz caridade, o benfeitor recebe mais do pobre do que este lhe da.

Enquanto o doador só se desfaz de bens materiais, ele recebe de volta um tesouro inestimável de méritos espirituais que ultrapassam de longe o que lhe foi dado.

Um judeu que empresta dinheiro com juros nega com isso Ietsiat Mitsraim (o Êxodo).

Qual o sentido dessa afirmação?

Ao receber juros apesar da proibição da Torá, um Judeu prova que ele acha que seus lucros ou perdas nos negócios dependem do curso natural dos acontecimentos. Ele não aceita o fato que a providência do Todo-Poderoso com respeito a cada indivíduo decide sobre seus ganhos ou perdas de dinheiro.

Na saída do Egito, Hashem inverteu as leis naturais, revelando ao nosso povo que Ele dirige o curso de tudo. Um Judeu que aceita juros nega esse princípio tão claramente demostrado na saída de Mitsraim.

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