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2. Vaethanan


Kol Hamoshiah

·  PARASHAT VAETHANAN

Resumo Da Parashá:

Moisés recorda ao judeus a Entrega da Torá, os Dez Mandamentos e pede a todos que se mantenham fiéis a D’us e que nunca abandonem Suas leis.

Na nossa Parashá, Moisés descreve a Entrega da Torá. Ele conta que a voz de D’us que foi escutada na época era “uma grande voz que não se interrompia”, quer dizer “que não tinha fim”.

Nossos Sábios nos dão, com respeito a este assunto, três explicações:

1) “Uma grande voz que não se interrompia” - a voz de D’us para os Dez Mandamentos não foi escutada apenas em hebraico mas em todos os idiomas do mundo.

Isto nos ensina que os outros povos devem também cumprir suas Mitsvot, as sete dadas aos descendentes de Noach, e que os judeus devem agir para que o façam.

Há mais de 3.000 anos, durante o reinado de Davi, milhares de judeus pereceram numa epidemia. (Samuel II)

Rabi David Quimchi (o Radac), um comentarista da Torá (Século XII) explica que esta epidemia foi um castigo divino devido ao fato dos judeus não terem rezado para a construção do Primeiro Templo ser adiantada para a época deles, apesar de nunca o terem visto e de não terem sofrido a sua destruição. O Radac conclui com isso: nós, que vivemos na nossa história o esplendor do Beit Hamicdash e a dor da sua destruição, devemos, particularmente, rezar, esperar e até mesmo exigir de D’us a sua rápida reconstrução. Deste modo, os sábios instituíram nas três orações diárias a menção da vinda de Mashiach.

Na Oração dizemos: “D’us possa acelerar a vinda do teu servidor, o filho de David (Mashiach), porque nós esperamos tua libertação a cada dia”.

Um grande pensador do século XVIII, Rabi Chaim David Azulai, (o Chida) explica esta frase assim: mesmo se não tivéssemos nenhum mérito, só o fato de esperar Mashiach é uma razão suficiente para D’us enviá-lo.

Queremos Mashiach agora!

Resumo da Parashá:

Moisés continua narrando aos judeus os acontecimentos que ocorreram desde a saída do Egito. Ele recorda que ele mesmo não vai entrar em Israel, e que é o seu sucessor, Iehoshua, que os conduzirá. Ele relata a Entrega da Torá e suplica aos judeus que nunca esqueçam os mandamentos de D’us. Ele repete os Dez Mandamentos e pronuncia o Shemá Israel.

A Torá manda ler o “Shemá” duas vezes por dia, “quando te deitares”, quer dizer de noite, “e quando te levantares”, quer dizer de manhã. Aliás, a oração de Shemá o diz dentro dela:  “Ouve Israel, o Eterno é nosso D’us, o Eterno é Um. Amarás a D’us ... e falarás disso ...quando te deitares e quando te levantares ....e nas tuas portas.”

Dizemos no Shemá alguma coisa realmente muito importante: “Shemá Israel ... - Ouve Israel, o Eterno é nosso D’us, o Eterno é Um”. Proclamamos assim que só há um D’us.

A palavra “Um” se diz em hebraico Echad. Cada uma das suas letras corresponde a um número:

-  Alef corresponde a 1. Isso nos mostra que só há um D’us;

-  Chet corresponde a 8. Isso nos mostra que D’us é o único Rei dos 7 céus e da terra: 7 + 1 = 8;

-  Dalet corresponde a 4. Isso mostra que D’us é o único Rei nos 4 cantos do mundo: a leste, a oeste, ao norte e ao sul.

Ao dizer o Shemá, afirmamos que o mundo inteiro, o céu, a terra, toda a criação pertencem a D’us e que é Ele Que lhes permite existirem. Não há, portanto, nada além de D’us.

Tudo isso, devemos dizer a cada manhã e a cada noite. Estes dois momentos do dia são muito diferentes um do outro; representam também situações muito diferentes na vida do homem:

-  de noite: é o momento de escuridão, quando a noite cai. Isso representa a situação do homem mergulhado na escuridão espiritual. Para ele a luz de D’us é como ocultada, ele não a vê. Ele está como na noite;

-  de manhã: é a hora em que a luz brilha. Isso representa a situação do homem para quem a luz de D’us é revelada. Ele sente a revelação de D’us. Para ele, é “dia”.

Mas, faça noite ou dia, é preciso sempre recordar e sempre proclamar, que D’us é o Rei único de todo o universo, que D’us é Um”.

Qualquer que seja a situação do homem, ele deve cumprir sua missão: revelar a Unidade de D’us no mundo e assim, fazer com que o mundo O reconheça.

“Shemá Israel...” - Ouve Israel, ...D’us é Um ... quando te deitares e quando levantares”.

15 de Av

O tratado do Talmud Taanit nos ensina que a partir de 15 de Av, é preciso acrescentar ao estudo da Torá, pela noite. Ele nos especifica que aquele que estuda mais a Torá a partir de 15 de Av vê que se lhe acrescenta vida.

Os comentaristas explicam esta idéia: já que a partir desta data, as noites começam a se prolongar e os dias a encurtar, é preciso acrescentar ao nosso estudo da Torá. Porque a noite é um momento que convém muito bem ao estudo. Em geral, durante o dia, todo o mundo está ocupado no trabalho enquanto que à noite, tem-se tempo livre para estudar a Torá. Assim, quando os dias encurtam, há mais tempo para o estudo.

O comprimento do dia e da noite depende dos movimentos da terra e do sol. Mas, de acordo com o que o Talmud diz, se estas mudanças existem, é porque D’us quer que estudemos mais a Torá. Isto quer dizer que, para permitir que estudemos mais, D’us conduz os movimentos do sol e da terra de maneira diferente.

Como nosso estudo da Torá é importante! Reflitamos um instante sobre a imensidão da terra e sobre o tamanho, ainda maior, do sol. Este possui forças extraordinárias e a terra, tesouros maravilhosos. Sobre a terra vivem numerosos povos; milhares de animais, milhares de vegetais bem como minerais, água, etc. nela são encontrados.

Portanto, D’us conduz o sol e a terra de modo tal que acrescentemos ao nosso estudo da Torá! O movimento de um grande astro como o sol, de todo um planeta como a terra, não tem outra finalidade que a de permitir-nos estudar a Torá com alegria e, assim, levar-nos a respeitar melhor as Mitsvot.

HAFTARÁ

Tsion será libertada pelo julgamento e seus cativos pela Tsedacá”.

Este versículo de Isaias, conclui a última haftará das 3 semanas que comemoram a destruição dos templos.

O Admor Hazaquen explica que o julgamento se refere à Torá e que a tsedacá representa o conjunto das Mitsvot.

Tudo depende, portanto, das nossas ações e das nossas realizações durante o tempo do exílio. Durante este mês de Menachem Av precisa intensificar o estudo da Torá e o cumprimento das Mitsvot da melhor maneira.

DOMINGO 7 de Menachem Av

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Rishon de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 39 a 43

Tania:

A carta introduzida pelas palavras “potchin bebrachá” foi escrita dez anos antes da que começa com “catanti”.

(A carta “potchin bebrachá” constitui o estudo do Tania deste dia. Ela de fato introduz a quarta parte do Tania, Igueret Hacodesh, da qual é a primeira carta. A segunda “catanti” foi escrita pelo Admor Hazaquen após o seu retorno do cativeiro de Petersburgo, em 5559-1799).

SEGUNDA 8 de Menachem Av

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Sheni de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 44 a 48

Tania:

As “shesh Ze’hirot” (seis lembranças - sidur p.86) são ditas diariamente, inclusive no Shabat, no Iom Tov, em Rosh Hashaná e em Iom Quipur.

Eis um dos provérbios do meu avó (o Rebe Maharash):

“Qual é utilidade da Chassidut e da devoção quando falta a qualidade essencial, Ahavat Israel, o amor ao próximo, e mais ainda, quando a ausencia desta qualidade chega ao ponto de causar pena a outro, que D’us nos livre?”

(É neste dia que os inimigos de Israel penetraram no Santuário. Logo depois, este pode ser destruído por causa do “ódio gratuito”.)

TERÇA 9 de Menachem Av

·  Em Minchá:                                   (Sidur p.76),                          (Sidur p.89) e todas as passagens a serem estudadas pela manhã.

·  Depois: Minchá, de acordo com a ordem habitual (Sidur p.96).

·  Não se diz a benção “Sheassá li Col Tsarchi” (Sidur p.8) (“Que satisfaz todas minhas necessidades) até a manhã do dia seguinte.

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shelishi de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 49 a 54

Tania:

Meu pai (o Rebe Rashab) estudava todo ano, em Tishá Be Av, o Midrash Eichá Rabá e a passagem de Rabi Iochanan, no capítulo Hanizaquin da Guemará (Guitin 55b e seguintes, que descreve a destruição do Templo).

De manhã, após as Quinot, que ele lia integralmente, ele dizia Eichá. Ele era chamado na Torá para ler a Haftará, às vezes tanto em Chacharit quanto em Minchá.

QUARTA 10 de Menachem Av

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Revií de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 55 a 59

Tania:

Eis o extrato de um relato do meu Avó (o Rebe Maharash):

·  Originalmente a carta “Catanti” terminava com as palavras “um espírito humilde”. Depois, nosso grande mestre, (o Admor Hazaquen) falou três vezes, em Liozna, o discurso chassídico introduzido pelo verso “como as águas refletem o rosto”, que ele explicou de acordo com os comentários de Rashi e não de acordo com a tradução de Onquelos. Ele acrescentou, então, a esta carta as palavras “e talvez, graças a tudo isso, D’us o colocará no coração dos seus irmãos, como as águas refletem o rosto”.

Com essas palavras, ele implantou bons sentimentos nos chassidim.

·  Se o Admor Hazaquen não tivesse inserido nesta carta as palavras “com o atributo da verdade de Iaacov”, ele teria atraído cinqüenta mil Chassidim a mais. Mas o Rebe exigia a verdade.

QUINTA 11 de Menachem Av

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Chamishi de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 60 a 65

Tania:

O Admor Hazaquen partiu para Mezeritch na companhia do irmão, Rabi Iehuda Leib, em 5524 (1764). Mas Rabi Iehuda Leib, não tendo conseguido a concordância da sua esposa, voltou no meio do caminho.

O Admor Hazaquen chegou em Mezeritch e ficou ali, a primeira vez, até o final de Pessach 5525 (1765). Durante duas semanas, ele não sabia se devia ficar ou não. O primeiro discurso chassídico que escutou ali foi introduzido com as palavras “consolem, consolem Meu povo”.

Não foi possível determinar se se tratava do primeiro discurso que ele ouviu depois da sua chegada ou depois que estas duas semanas passaram e que ela decidira ficar e ligar-se ao Maguid.

(O versículo sobre o qual este discurso está baseado introduz a Haftará desta semana).

SEXTA 12 de Menachem Av

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shishi de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 66 a 68

Tania:

O Admor Hazaquen trouxe com ele um ensinamento do Maguid de Mezeritch, que por sua vez vinha do Baal Shem Tov:

“Amarás o próximo como a ti mesmo” é um comentário e uma explicação de “Amarás o Eterno teu D’us”. Quando se ama um judeu, ama-se D’us. Porque cada judeu leva em si uma parcela de Divindade. Desse modo, quando se ama um judeu, quando se ama a parte profunda do seu ser, se ama o Eterno.

SHABAT 13 de Menachem Av

·  Quando se lêem os Dez Mandamentos, fica-se de pé com o rosto voltado para o Sefer Torá.

Passagens a serem estudadas:

Chumash: Shevií de Vaetchanan com Rashi

Tehilim: 69 a 71

Tania:

“E falarás das mesmas quando estiveres sentado na tua casa”.

Nossos sábios explicam que este versículo se refere às palavras da Torá. Existem, entretanto, diferentes níveis no estudo. Todos são aqui mencionados:

·  “Quando estiveres sentado na tua casa” faz alusão à alma que se encontra no “Palácio das almas”, antes de descer neste mundo inferior, e que lá se dedica ao estudo da Torá.

·  “Quando estiveres andando pelo caminho” designa o momento da descida da alma de um mundo a outro, de um nível ao seguinte, até chegar aqui em baixo, neste mundo material, com a finalidade de introduzir-se num corpo físico. Aqui a alma “anda no caminho” do mundo, até alcançar uma idade avançada, logo,

·  “Quando te deitares” chega para ela o momento de deixar este mundo. Então, é ainda a Torá que a protege, como o explica o sexto capítulo de Avot. Enfim,

·  “Quando te levantares” assim como está dito “reviverás....”.

(O estudo da Torá continuará após a ressurreição dos mortos).

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